“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

terça-feira, 17 de março de 2015

O AMOR COMO FORÇA DIVINA

Prosseguíamos  na  atividade  por  quase  vinte  horas  ininterruptas  e  preparávamo-nos para o retorno à nossa comunidade espiritual para um breve repouso.

Abdul  silenciara  o  seu  canto  oracional  e  se  encontrava  em  profunda  meditação, permitindo-se  irradiar  diáfanas  energias  que  diluíam  lentamente  a  densa  treva  que  o archote conduzido por Ana iluminava parcamente.

Nesse  momento,  aproximou-se  um  grupo  de  Espíritos  agressivos  como  uma organização  de  bandidos  desencarnados,  quando,  um  deles,  que  parecia  o  chefe,  bradou, estentóreo, interrogando:
— Quem é o responsável pela invasão desta área?

Dr.  White  aproximou-se  sem  alarde  e  explicou  que  ele  era  o  encarregado  de realizar  o  labor  de  atendimento  àqueles  desencarnados  em  aflição,  acompanhado  pelos amigos que o assessoravam. Elucidou que não houvera acontecido qualquer tipo de invasão, considerando-se que aquela era uma terra de ninguém, desde quando fora vergastada pela tragédia coletiva que sobre ela se abatera.

Não  pôde  prosseguir,  porque  o  arrogante,  que  se  vestia  de  maneira  típica  das gangues regionais das grandes urbes, cortou-lhe a palavra com grosseria:

—  Pois saiba que esta área a mim me pertence, portanto, tem proprietário, desde muito  antes  do  a  que  você  se  refere  como  catástrofe.  Fui  informado  por  um  dos  meus subalternos, vigilante a meu soldo, sobre as ocorrências que me interessam e que daqui foi enxotado,  fazendo-o  correr,  esclarecendo-me  que  estranhos  invasores  de  outro  lugar haviam-se apossado do nosso território.

"Chamado  nominalmente  para  resolver  a  prebenda,  venho  com  os  meus servidores exigir-lhes o abandono das ações não solicitadas."

Calmamente, o médico respondeu que aí se encontrava atendendo ao apelo dos Guias espirituais do país, que haviam recorrido à ajuda de todos quantos o desejassem, de ambos  os  planos  da  vida,  a  fim  de  serem  diminuídas  as  aflições  defluentes  da  tragédia coletiva. E esclareceu:

—  Seu apelo havia chegado à nossa comunidade, conforme ocorrera com muitas outras, quando se ouviu o som de uma corneta que tocava a música Silêncio, expressando a dor que se abatia sobre milhares de vidas no planeta terrestre.  Apresentamo-nos ao nosso governador  e  fomos  autorizados  a  participar  do  ágape  da  solidariedade  com  os  irmãos sofredores que estamos atendendo.

—  Isso,  porém  —  interrompeu-o  novamente  com  atrevimento  —  não  justifica  a sua  e  a  intervenção  nefasta  dos  demais,  estrangeiros  que  são,  em  nossos  negócios, desconhecedores dos nossos hábitos e costumes. Desde a época da colonização holandesa aqui,  através  da  Companhia  das  índias,  no  século  XVI,  que  nos  rebelamos,  os  nacionais, contra os invasores de nossas  terras.  Timor Leste, dominada pelos portugueses, há séculos, ainda se encontra atravessada em nossa garganta.  A morte não nos interrompeu os ideais libertários,  e  embora  tenhamos  retornado  ao  solo  amado,  pelos  renascimentos  corporais, volvemos  às  origens,  para  daqui  defendermos  os  nossos  direitos  de  construir  a nacionalidade com as nossas próprias emoções.

"Assim  sendo,  continuaremos  a  libertar  nosso  povo  que  tem  sido  vítima  da intervenção alienígena, pagando qualquer preço. Não há muito, governos perversos e piores do  que  nós,  entregaram-nos  ao  ocidente,  em  cuja  interferência  teve  papel  destacado  o Japão,  gerando  mais  infelicidade  e  enriquecimento  ilícito  dos  seus  chefes,  tanto  o  que dominava  antes,  quanto  aquele  que  o  derrubou  ferozmente,  sem  nenhuma  consideração
pelos ideais nacionais.

"Somos,  portanto,  nós,  os  indonésios,  que  temos  o  direito  de  aplicar  a  justiça, através dos nossos métodos disciplinadores e punitivos, naqueles que são expulsos do corpo pelo fenômeno da morte."

—  Compreendo  a  sua  colocação  patriótica  —  informou  o  nobre  mentor  —  no entanto,  as  fronteiras  a  que  você  se  refere  ficaram  na  geografia  terrestre  que  não  é abrangida por esta área, afinal todas de propriedade divina.

"Ouvindo-se o amigo expor o seu pensamento, tem-se a impressão de tratar-se de um  benfeitor  do  povo  sofrido,  quando  em  verdade  é  um  explorador  impenitente  das energias dos trânsfugas que lhe tombam nas armadilhas perversas, sendo arrastados para os lugares de profundo sofrimento, distantes da esperança e da misericórdia. A isso chama de justiça, de disciplina? Como se atreve a tomar a adaga da justiça real nas próprias mãos, se ainda  não  consegue  dominar  os  ímpetos  asselvajados  que  lhe  constituem  o  caráter enfermo?

"Aqui estamos a convite dos reais governadores do país, portanto, dos respeitáveis embaixadores de Deus, com o objetivo de desalgemar os irmãos infelizes dos seus despojos e libertá-los dos vampiros do Além-túmulo, e tenha certeza de que não arredaremos pé dos nossos  compromissos,  confessando-lhe  que, de  maneira  alguma,  temos  medo  das  suas ameaças e da farândola que o acompanha temente e assustada."

O estúrdio expressou o ódio que o dominava, arengando:

—  Essa tarefa pertence-nos a nós, que utilizamos  os nossos métodos conforme as leis  que  vigem  cá,  sem  a  necessidade  de  qualquer  contributo  de  violadores  dos  direitos alheios.
 
Saberemos expulsá-los dentro de alguns minutos.

Com a expressão asselvajada, segurando um feroz mastim e aplaudido pela malta insana, que tocava tambores e sons estranhos com tubos perfurados, impôs, ríspido:

—  Agora  suspendam  as  ações  e  acabem  com  os  seus  arenzéis,  batendo  em retirada. Deixem os nossos pacientes aos nossos cuidados, conforme sempre sucedeu, pois que sabemos tomar conta de todos eles.

E gargalhou sardônico, esfogueado, transtornado.

Sem  apresentar  qualquer  emoção  perturbadora,  Dr.  White  enfrentou-o, elucidando:

—  O caro amigo encontra-se totalmente equivocado a nosso respeito, porquanto não  o  tememos  e  menos  o  obedeceremos.
 
  Iremos  prosseguir  em  nossa  faina  fraternal  e ficaríamos,  aliás,  muito  gratos,  se  o  seu  grupo  se  diluísse,  e  aqueles  que  o  desejarem queiram auxiliar-nos na empresa em que nos encontramos envolvidos.

O carrasco zombou, cínico, e arremeteu, furibundo:

— Atacar! Dizimemos os impostores e ladrões!

Como se aguardasse essa reação, o nobre médico concentrou-se profundamente diante  dos  agressores  e,  naquele  horrendo  chavascal,  transformou-se  numa  lâmpada esparzindo claridade que fez estacionar a horda que erguia os seus instrumentos de guerra:
flechas, azagaias, lanças e outros de apresentação exótica.

Tomados  de  surpresa,  ouviram  sua  voz  profunda  e  melodiosa,  enérgica  e poderosa, no seu próprio dialeto:

—  Arrependei-vos  e  dobrai-vos  à  vontade  do  Senhor  dos  Mundos.  Chega  o momento,  em  vosso  desvario,  que  somente  se  apresenta  uma  alternativa  para  escolher:

abandonardes o ódio e a perseguição desditosa para abraçardes o amor. Escoam-se os anos e permaneceis hostis ao Bem e à Verdade. Vossa impiedade transborda,  e vossa loucura, ao invés de  inspirar  temor  ou  ódio,  provoca  a  compaixão.
 
Decênios  se  passaram  desde  que aderistes  à  loucura que cultivastes  nos  regimes  da  impiedade  que infelicitou  vosso povo, transferindo-o para além-da-morte, de modo que permanecestes sicários dos vossos irmãos igualmente infelizes,  a  salvo  da  vossa  crueldade  e  loucura. 
 
Ouvi-me!  Sou  a  voz  da  vossa consciência  anulada pela desesperação,  que  perdeu  o  uso  da  razão,  mas que necessita libertar-se.  Agora  é  o  vosso  momento  de  alegria e  emancipação.  Silenciai  o  ódio  nos sentimentos, deixai o medo dos infelizes que vos intimidam e vinde para as nossas fileiras, as do Bem.

Enquanto a voz, firme e doce, penetrava a acústica das almas, vimos cair sobre o tremedal  bátegas  de  luz,  não  mais  os  raios  destrutivos  de  antes,  e  que  tocando  aqueles rebeldes  penetrava-os,  provocando  mudanças  interiores,  levando-os  ao  pranto  e  a exclamações lamuriosas.

—Libertai-vos do mal — prosseguiu o instrumento da Verdade — e adotai o amor a vós mesmos, inicialmente, para depois poderdes amar o vosso próximo e, por fim, a Deus.

Sois todos, como nós outros, filhos do mesmo Pai Generoso que vos espera compassivo. Este é  o  vosso  momento  de  renovação,  aproveitai-o  com  decisão  e  coragem  de  romper  as amarras da ignorância e da perversidade que vos têm infelicitado por tão largo período.

Ao silenciar, num clima psíquico e emocional superior, os desditosos atiraram ao solo as armas que brandiam e, dominados pela força do amor, pediam amparo e adesão à nossa  hoste,  passando  para  o  lado  em  que  nos  encontrávamos,  subitamente  envolto  pela claridade suave que se dilatava do Mensageiro da Luz.

Blasfemando,  o  chefe  do  grupo  ordenava  que  soltassem  os  cães  contra  os desertores e nós outros, ou que disparassem os seus dardos e flechas, inutilmente, porque a debandada foi geral.

À  medida  que  mudavam  de  lado,  atirando-se  aos  nossos  braços  acolhedores, dilatava-se  a  faixa  vibratória  defensiva  que  nos  resguardava  de  qualquer  tipo  de  agressão externa.

—  Vinde, também, vós que estais sedentos de luz e de amor —  dirigiu-se ao chefe aturdido.

Nada obstante, apresentando a fácies de horror, o desditoso comandante  emitiu um estranho ruído e, num esgar pouco comum, após tremer como varas verdes, foi tomado por uma convulsão semelhante à epiléptica, estertorando, e tombou, literalmente, no solo.

Alguns  dos  seus  subordinados,  que  seguravam  os  cães  e  os instrumentos  de guerra,  aparvalhados  com  o  que acontecia, debandaram  em  ruidosa  correria,  gritando desesperadamente.  Logo após, fez-se silêncio, somente interrompido pelo aluvião do choro convulsivo dos candidatos à renovação.

Suavemente, o Guia retomou a postura anterior e, bem-humorado, afirmou:
— Jesus sempre vence!

"Temos  muito  serviço  pela  frente.  Recambiar  os  nossos irmãos assustados  à comunidade própria para agasalhá-los, é o nosso dever.

"Irei recorrer ao auxílio de outros grupos especializados neste tipo de  socorro, que operam nesta área.

"O amor é força divina que sempre triunfa!"
 
Livro: Transição Planetária
Divaldo Franco/Manoel Philomeno de Miranda
 
Francisco Rebouças

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel