“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

sábado, 22 de novembro de 2014

Verificando os Resultados

Perambulando, qual menino perdido pelos corredores do Templo Espírita, procurava o mestre a fim de contar o ocorrido.
Encontrou o adversário-mor em intensas tarefas de or­ganização, diante da turba de obsessores que estagiavam na Casa Espírita, sob autorização do Alto, delegando-lhes tare­fas de influenciação.
Terminada a reunião da maldade, o discípulo contou-lhe, em linhas gerais, os acontecimentos, tirando Júlio César do sério:

       Infeliz! Quantas vezes lhe avisei?

Todo cuidado é pouco. Você é um fraco mesmo!

Se Daniel, o responsável pela seita de Mamom, não estivesse incumbido de valorosa tarefa que acabei de lhe dar, você seria substituído neste momento.

Abra o olho! Eles estão em toda parte!

Não podemos vê-los, eles, os representantes da luz, contu­do, podem nos monitorar enquanto permanecemos aqui. Por isso, a vigilância deve ser redobrada!

Deixe-me ver, disse o obsessor chefe, aproximando-se do servo, batendo-lhe discretamente no rosto como se desejas­se despertá-lo, permanece lúcido? Não lhe fizeram nenhuma la­vagem cerebral, tortura...

       Mas, senhor... Disse o auxiliar, desejando falar-lhe que não encontrou nada disso, mas foi interrompido pelo perseguidor:

Nada de mas! Se já não bastassem todas as minhas ati­vidades, agora terei de lhe vigiar!

Preste atenção: você está proibido de se afastar sem a mi­nha necessária autorização.

Nosso processo está chegando ao fim. Logo, logo sairemos daqui; lá fora você é muito útil para nossa organização. Es que­ceu que lhe confiamos um exército? Lembra-se dos casos graves de obsessão que coordena? Vai jogar tudo isso fora, por causa de umas palavrinhas tolas e sentimentais? E sem falar na promoção que estou me empenhando em lhe conceder.

       Promoção, chefe? Perguntou o secretário, demons­trando no semblante ânimo e expectativa, caindo na tola encenação do sumo perseguidor.

Sim, meu caro! Promoção!

Por isso, veja se anda na linha, mais um deslize seu e serei obrigado a cancelar todo o processo encaminhado aos nossos co­ordenadores, pleiteando sua ascensão em nossa equipe! Desta forma, tome muito cuidado para não desafiar a ira dos nossos superiores.

Agora eu estou verdadeiramente irritado, gritou o perverso Júlio César. Os emissários do bem atingiram o limite! Quise­ram arrebatar meu secretário? Então vocês vão ver! Gritava o superior de Gonçalves, olhando para o nada como se quises­se identificar as entidades invisíveis.

Avante, criatura infeliz, nosso trabalho deve continuar. Enquanto você era doutrinado, nossa equipe verificava os gru­pos mediúnicos que atenderiam nossas expectativas. Cinco deles são fortes candidatos para um processo de fascinação.

E adentrando uma das salas de trabalhos mediúnicos, ligaram-se a dois participantes bastante receptivos aos pen­samentos inferiores.

Sondando-lhes o mundo íntimo, notaram que um dia­logador e uma das médiuns trocavam pensamentos sensuais.

Senhor, disse Daniel, o discípulo de Mamom, trago a ficha.

Soraia Barreto e Sérgio Queiroz, candidatos ao adultério, o que diz?

Excelente, será um escândalo formidável. Para seu pri­meiro trabalho num grupo profissional, está ótimo.

Vamos ver, agora, quem é que pode mais! As fofocas sobre o caso da médium e do dialogador adúlteros explodirão por estes corredores feito pólvora!

Vamos! Vamos! Precisamos nos organizar, ainda temos muito o que fazer para executar este novo plano.

        Soraia e Sérgio eram trabalhadores de um grupo me­diúnico. Ela, médium não muito educada, comparecia raramente às reuniões de estudos doutrinários de orientação ge­ral. Julgava-se, algumas vezes, privada das alegrias do mun­do por causa do compromisso mediúnico. Casada com ho­mem digno e respeitável, não se sentia feliz diante da sagra­da oportunidade do casamento.

O dialogador, igualmente consorciado, com dedicada esposa, digna de admiração e amparo espiritual.

Entretanto, ignorando as orientações espíritas, coloca­vam-se à disposição de entidades desequilibradas, gozando a vida de maneira irresponsável.

Ambos, os tarefeiros do socorro espiritual, abriam gran­des brechas aos inimigos da verdade. Não se dedicavam àvivência mínima dos ensinos adquiridos, permanecendo in­teressados apenas nas atividades fenomênicas. E, porque mantinham afinidade nas intenções, ligaram-se magneticamente por ondas mentais.

Na reunião de intercâmbio pouco contribuíam, torna­vam-se elementos isolados pelos mentores, pois que os pen­samentos não atingiam regiões superiores para ajuda na ta­refa socorrista.

Todos estes dados eram de domínio dos invasores das sombras.

Os instrutores do Mais Alto, igualmente, sabiam deste possível envolvimento entre os cooperadores citados. Con­tudo, não podiam privá-los do convívio entre os companhei­ros encarnados, junto à Casa Espírita.

Entretanto, orientações espirituais gerais exaltando a moral, o nobre objetivo do casamento, o esforço para domar as más tendências como ponto a identificar o verdadeiro espírita, foram transmitidas através de vários medianeiros, mas nenhuma delas foi acatada pelos dois tarefeiros envol­vidos, o que oferecia largo campo de atuação para Júlio César e sua falange.

O inimigo da harmonia reuniu rapidamente os servido­res à sua disposição, iniciando mais esta trama diabólica:

Camaradas, eis que estamos avançando de maneira mui­to satisfatória. Agora haveremos de usar, mais uma vez, uma arma bastante delicada, a fascinação.

E o campo de atuação será de novo a mediunidade? Per­guntou um dos presentes.

Não e sim, respondeu o maquiavélico.

Não exploraremos a mediunidade em si, mas desejaremos atingir muitos médiuns.

A fascinação, prosseguiu o perverso arquiteto, será no campo da sensualidade, dos instintos humanos. Um trabalho pouco difícil, pois aqueles que envolveremos já vibram em nossa sintonia, autorizando-nos a ação.

Simplesmente teremos de estimular um pouco mais as suas tendências inferiores. Precisamos fazer com que estes tarefeiros invigilantes e imprudentes se desequilibrem, comprometendo o bom andamento da reunião, abrindo-nos o campo para atingir­mos o grupo todo.

E os amigos superiores? Perguntou outro, muito preo­cupado. Não vão nos impedir? E se formos pegos como aconteceu com Gonçalves? Não tentarão nos afastar de nossos propó­sitos?

Se caírem nas mãos dos responsáveis espirituais por esta Casa, preveniu o perseguidor cruel, finjam terem se transfor­mado para livrarem-se da imantação mediúnica; inventem, se ne­cessário, histórias mirabolantes ou permaneçam mudos.

Eles, os mensageiros do Cristo, prosseguiu o preceptor das trevas, não podem nos expulsar. Trabalham pela tolice do amor. Isso representa um ponto positivo a nosso favor, porque prefe­rem esperar pela nossa transformação moral em vez de nos des­truírem. Enquanto aguardam nossa metamorfose no campo dos valores espirituais, que para nós é impossível, nosso plano avan­ça.

Estou com muito medo, continuou o camarada pru­dente, levando outros a concordarem. Não será melhor desis­tirmos? Estamos na toca do inimigo. E se os emissários da luz estiverem com a verdade?

Estas palavras finais mexeram intensamente com Júlio César, fazendo-o perder a razão:

Como ousa querer desistir?

E aproximando-se do obsessor temeroso, fitou-o de maneira profunda, agarrando-o fortemente pelos andrajos em atitude agressiva, e, chacoalhando-o violentamente por vá­rias vezes, acrescentou irado:

Experimente abandonar esta missão! Tente render-se aos falsários do amor!

Deseje por um único minuto levantar um movimento con­tra meus propósitos e verá o que lhe acontecerá!

Se eu souber de uma tentativa sequer, de sua parte ou de alguém da minha equipe para mudar de lado, será sumariamente confinado nas prisões de nossa cidade por tempo indeterminado.

        E além do mais, continuou o malvado perseguidor ater­rorizando e ameaçando os obsessores, sei que muitos de vocês ainda têm entes queridos encarnados; experimentem abandonar nossos propósitos e verão o que acontecerá aos seus.

Não despertem minha ira, muito menos a dos nossos superiores!

E, continuando, disse-lhes:

Prestem atenção: os espíritos bondosos não poderão nos impedir, pois que estaremos ligados aos pensamentos e emoções de Soraia e Sérgio. Por isso, coragem. Pessoas fracas não convi­vem comigo!

Gonçalves começava a observar o chefe com outros olhos, sentia-se um tanto diferente e pela primeira vez ana­lisava as colocações de seu superior, distinguindo-as do aten­dimento respeitoso que recebera dos amigos espirituais. Era o início de uma importante reflexão.

        Elvira! Elvira! Gritou o mandante. Onde está você?

E, da turba, entidade feminina, usando esfarrapada fan­tasia, imitando as dançarinas espanholas, rasgou a pequena multidão estalando desajeitada castanhola, enquanto dan­çava sensualmente, arrancando dos comparsas assobios, pal­mas e admiração.

       Parem com isso! Ordenou o porta-voz das sombras, fazendo surgir o silêncio.

Entregaremos este caso a você, Elvira. Sei que questões de envolvimentos no âmbito das emoções é a sua especialidade.

Quero que destrua o casamento dos dois, que impeça o au­tocontrole das emoções, deixando-os fascinados um pelo outro a ponto de perderem a razão e a compostura, embrenhando-se no campo do sexo desequilibrado, afim de perturbarem, mais ain­da, os trabalhos espíritas e tornarem-se um grande escândalo na Instituição.

Não admito falhas, ouviu bem?

Fique tranqüilo, não costumo decepcionar meus supe­riores, respondeu a servidora sensual, o senhor sabe da minha competência.

Então, mãos à obra!

Gonçalves!

Pois não, senhor!

Qual o resumo do nosso trabalho? Como estão as tarefas dos outros camaradas?

Vejamos as anotações, respondeu o secretário. Já atingimos:

a responsável pelo atendimento fraterno, comprometendo as tarefas nesta área;

um grupo de fluido terapia, causando desconfiança e con­corrência;

este agrupamento de socorro espiritual, que está em an­damento, cujo objetivo é provocar escândalos e consequentemente a fofoca destruidora.

Outros camaradas sob as suas ordens já realizaram:

o afastamento de um entrevistador, coordenado por Márcia Boaventura, das tarefas das noites de segunda, terça e quarta-feira. Seguindo suas orientações, o envolvemos a fim de que julgasse fosse preciso melhorar a vida material. Fizemos com que se inscrevesse em seu terceiro curso universitário. O mundo ga­nhará mais um inútil acadêmico e perderá valoroso cooperador do bem.

cinco expositores, dos mais variados cursos de Espiritismo espalhados pela Casa, tiveram promoção no emprego, sob nossa influência, tendo obrigatoriamente de abandonar as tarefas a fim de cumprirem os compromissos materiais.

três dirigentes de grupos mediúnicos pediram licença, aten­dendo a caprichos familiares, fazendo longa viagem, também sob nossa atuação.

os eruditos espíritas não foram esquecidos; com a vaidade sobreexcitada, estamos sugerindo que reformulem todos os tra­balhos na Casa, toda a área doutrinária. Isso sim é que vai gerar uma grande fofoca. Desejamos fazer com que entrem em con­fronto com a organizada diretoria de doutrina.

estamos, ainda, fazendo com que modismos de toda or­dem apareçam por aqui, trazidos pelas pessoas eufóricas;

trezentos processos de obsessão simples foram implanta­dos, junto àqueles que nos oferecem brechas, a pretexto de atrapalhar diversos trabalhos espíritas. Estes, num mecanismo em cadeia, exatamente como o senhor planejou, haverão de triplicar as irritações, abrindo nossos caminhos.

verificamos as obras assistenciais e notamos estarem pas­sando por várias dificuldades financeiras. Envolvemos alguns responsáveis, que entraram em nossa esfera de ação por conta do pessimismo, nervosismo exagerado, falta de fé, por terem es­quecido do ideal espírita e prenderem-se simplesmente à questão de organização, agindo com frieza, distantes do amor. Com isso, podemos desestimulá-los intensamente e, agora, estão prestes a abandonar as funções.

nas promoções beneficentes, igualmente tivemos boa in­filtração, pois que os cooperadores, verificando estarem fora das reuniões mediúnicas, da seriedade dos estudos, entregaram-se às piadas, às brincadeiras, à maledicência, à competição, à inveja e ao ciúme. Isso tem afastado vários trabalhadores matriculados nestas obras.

no pequeno coral, inspiramo-lhes músicas mais agitadas, fazendo com que se oponham à direção da Casa em querer divul­gar o Espiritismo pela canção. Sugerimo-lhes outros ritmos a fim de atordoar-lhes e confundir-lhes o pensamento. O regente, pra­ticamente um dos nossos, tendo levado “sua” ideia à direção dou­trinária e esta, obviamente, solicitando a retomada do trabalho com músicas que elevem a criatura humana, conduzindo men­sagens de transformação moral, tal como é o objetivo do Espiritismo, fez com que o condutor das vozes espíritas se irritasse, quase desistindo das tarefas.

ainda temos o grupo de teatro que certamente nos atende­rá às mesmas solicitações, melindrando-se certamente quando a pureza doutrinária lhes solicitar evitar, no Centro, a propagação de obras não espíritas.

temos procurado, diante dos agrupamentos de estudos, es­timular os contestadores natos, fazendo com que estejam espe­cialmente alterados, conseguindo, com isso, atrapalhar vários par­ticipantes.

E muitas outras reuniões estão recebendo a visita de nossa falange.

Falta, ainda, atingirmos definitivamente o presidente e o diretor doutrinário da Instituição.

Seguindo suas ordens, continuou Gonçalves, colocamos cerca de dez espíritos adversários com cada um, esperando que ofereçam brechas de atuação, mas eles desfrutam de proteção espiritual admirável, por conta do esforço que empenham na conduta reta e pelo trabalho sério que executam.

Contudo, senhor, nosso labor permanece difícil! Pois não faltam aqueles que são verdadeiras rochas morais, os que têm atraído impressionante proteção espiritual pelas atitudes cristãs. Esse processo tem exigido muito dos nossos cooperadores, já ti­vemos de renovar nossas turmas por cinco vezes. Nossos traba­lhadores sentem-se fracos ao entrarem em contato com certos ambientes amorosos, que obrigatoriamente têm de visitar, com objetivo de atormentar e desviar os encarnados da bondade. E sobre estes, nossa influência tem sido praticamente nula.

Não sei se nossa equipe conseguirá ir até o fim. Acredito estejamos andando devagar demais.

       Nada disso, meu caro, acrescentou o mandante, os pontos principais estão sendo atingidos, aguarde e verá o exce­lente resultado.

Quanto aos responsáveis pela Instituição, haveremos de visitá-los pessoalmente em breve. Primeiro, vamos atormentá-los e preocupá-los, desestruturando as tarefas, depois, quando esti­verem irritados com o mau desempenho dos departamentos, os escândalos, as fofocas, os pegaremos em cheio.

Agora, deixemos o caso Soraia Barreto e Sérgio Queiroz nas mãos de Elvira, nossa musa sensual. 

Livro: Aconteceu na Casa Espírita
Emanuel Cristiane/Nora


Francisco Rebouças

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel