“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Cedendo à Tentação

Daniel, Daniel.
 
Estou aqui, senhor!

 - Quero que você acompanhe Gonçalves até a Casa de Márcia Boaventura.

        — A coordenadora do atendimento fraterno? Perguntou o servo de Mamom.

        Ela mesma, desejo saber como anda este caso.

        Se lhe interessa, senhor, informou Gonçalves, nosso plano deu resultado, pois Márcia já faltou duas semanas conse­cutivas.

        Ótimo, contudo, não deem descanso. Daniel, este ser­viço é muito importante, aja sobre o sr. Boaventura com todo seu magnetismo e ideias fanáticas. A esta altura ele deverá estar com­prometido financeiramente, doando suas economias para os co­fres de Mamom. Precisamos eliminar Márcia do serviço cristão. Vocês terão oito semanas de atuação junto ao marido dela. Tor­turem-no, instruam-no durante o sono, para impedir a qualquer custo o comparecimento da esposa na Casa Espírita. Vão e não falhem!
 
Tomadas as devidas providências, Júlio César voltou

para a cidade sinistra com objetivo de convocar novos ser­vidores para intensificar o processo de infiltração, deixando Elvira coordenando o restante das atividades. 

A preposta de Júlio César não perdeu tempo. Acompa­nhando Soraia Barreto, iniciou o processo de fascinação fa­zendo com que, durante toda semana, a imagem de Sérgio Queiroz lhe invadisse a mente, inspirando-lhe as mais terrí­veis fantasias. Sob interferência de Elvira, sentia-se completa­mente apaixonada, não conseguindo pensar em outra coisa.

Na semana seguinte, a médium, durante a reunião, não apresentou condições de trabalho espiritual e, sob forte atua­ção da entidade inferior, trocava olhares com o dialogador que, estimulado pela adversária, correspondia aos anseios da intérprete perturbada.

Ao iniciar a reunião, Sérgio Queiroz aproximou-se de Soraia Barreto, para a tarefa de atendimento espiritual. Elvira envolveu a médium estimulando-a para a fraude e, no auge da inconsequência, a intérprete fraudou uma comunicação, aproveitando para fazer uma demorada declaração de amor ao dialogador.

Os membros da reunião começaram a notar, pois as tro­cas de olhares eram significativas, e, após esta triste “comunicação”, ao término da reunião, as mentes desejosas em cui­dar da vida alheia captaram o desejo oculto da médium e do dialogador, espalhando ao final, por todo o Centro, os no­vos acontecimentos.

Encontrando-se nos corredores, certas pessoas invigilan­tes, estimuladas pelos servidores de Júlio César, espalhavam o vírus da fofoca.

Uma pessoa, que fazia parte da reunião onde os candi­datos ao adultério laboravam, dizia em segredo a outra cria­tura:

Para mim, foi puro animismo. Claro que ela deseja ter um relacionamento.

— E será que ele corresponderá? Mas não são ambos casados?

Vou me queixar ao dirigente. Eu conheço a mulher dele, coitada, ela precisa saber!

E se espalhavam pela Casa, entre as mentes invigilan­tes, comentários descaridosos como estes:

Você não sabe o que está acontecendo na minha sala!

—O quê?

Uma senhora de nome Maria Souza acha que é médium de cura!

Não diga!

Já tem fila para tomar passe com ela!

Não acredito!

— E ainda tem mais, o mentor dela se comunica dizendo que é médico e quer fazer cirurgia espiritual. Para mim, é pura fraude.

E eu, não te conto a última. Estão todos comentando.

Conhece um tal de Sérgio Queiroz?

Sérgio... Queiroz? Como ele é?

Alto, forte, conversador...

Ah, sim! Agora me lembro, às vezes ele faz diálogos na minha sala.

Pois é, está todo mundo dizendo que ele está tendo um caso com a Soraia Barreto.

Que horror! E seu dirigente o que diz?

Conversei com ele em particular, mas se recusa a tomar qualquer providência, dizendo que primeiramente é preciso orar e confiar nos amigos espirituais. E que, se for preciso, conversa­rá em particular e de forma absolutamente discreta com os en­volvidos neste caso. Me pediu sigilo e eu só estou contando para você, que é a pessoa que mais prezo aqui dentro. Mas não acho seja essa a melhor solução. Eles deveriam afastar esses dois do trabalho. Onde se viu, que pouca vergonha...

Outros comentavam ainda:

Dizem que a Márcia Boaventura, aquela coordenadora do atendimento fraterno, está tendo problemas.

—Quais?

Parece que o marido entrou para uma seita fanática e a está proibindo de vir ao Centro.

- Hum! Logo ela que era tão certinha, não admitia con­versas no corredor, sempre zelosa com o silêncio e o respeito.

Ah! É até bom. Essas pessoas muito eficientes, no fundo são recalcadas.

Quero ver, agora, como é que ela vai fazer? E o melhor, quero ver quem é que vai substituí-la?

Bem faço eu, que não assumo nenhuma tarefa, não me estresso, não tenho de me preocupar com nada e não incomodo meus familiares. O que adianta servir no Centro e criar desar­monia em casa?

Melhor mesmo é não se envolver com nenhum serviço vo­luntário.

  Outra coisa que estão comentando, continuou a lín­gua afiada, é sobre certas mudanças nas atividades mediúnicas e doutrinárias. Penso que Castro e Israel já estão ultrapassados, precisamos mesmo de ideias novas, de sangue novo. O pessoal fica nesse marasmo, não se agitam. Queremos novos estudos cien­tíficos, a ciência é que deve ser, na minha opinião, exaltada, afi­nal estamos rumando para o futuro, precisamos de mentes eru­ditas, de pessoas intelectuais para dirigir nossa instituição... 

E os comentários eram realizados indiscriminadamente.

Elvira divertia-se e a Casa Espírita, aos poucos, era tomada pela maledicência. 

Os amigos espirituais, prevendo o pior, promoveram conversa edificante no plano espiritual, aproveitando o des­dobramento, por ocasião do sono, de Soraia e Sérgio.

Diante de respeitável entidade os dois sentiam-se en­vergonhados.

O espírito amigo, porém, compreendendo-os intensa­mente, iniciou a orientação:

Caríssimos irmãos, compreendemos que na Terra temos de enfrentar dificuldades e problemas, dores e angústias, entretanto, não nos faltam os momentos de alegrias e aprendizado que significam bênçãos no caminho.

Vocês são felizes por poderem compartilhar da tarefa de uma respeitável Casa Espírita. Passaram pelos cursos de conhecimentos básicos e, por isso, não desconhecem o processo de obsessão.

Por não vigiar os próprios sentimentos estão sendo vítimas de graves adversários espirituais.

Mas ainda não aconteceu nada, disse Sérgio.

— É por isso que estamos dialogando a tempo, solicitando a vocês que evitem a qualquer custo se envolverem.

Ambos trazem compromissos sérios na área do casamento e vão se perder por se renderem aos instintos desequilibrados?

A união matrimonial representa um avanço para a huma­nidade, além de ser, na grande maioria, o resultado de progra­mação realizada na vida do infinito.

Ao se entregarem à delinquência das forças sexuais, have­rão de se comprometer muito espiritualmente, e vocês conhecem a Doutrina Espírita que nos esclarece bem a respeito.

Além disso, estão sendo estimulados por adversários, que os estão explorando a fim de atingirem nossa Casa Espírita!

Por isso, meus amigos, pensando na felicidade de vocês, atendam às lições evangélicas, digam não ao adultério.

Soraia, minha filha, valorize seu esposo!

Sérgio, meu filho, pratique a fidelidade junto ao anjo que o Senhor lhe concedeu na condição de esposa!

Se desejam vencer no caminho, convém lutar contra as más tendências. Contem com nosso apoio, busquem-nos através da prece.

Lembrem-se de que seremos responsáveis por todo mal que poderíamos evitar e não evitamos!

        Retornem, agora, na certeza de que Deus é por nós, sempre! 

Pela manhã, Sérgio Queiroz acordou lembrando-se par­cialmente da advertência.

Os adversários, contudo, não lhe davam tréguas, explo­rando suas tendências, fascinando-o dia a dia, colocando-o em grande período de provação. 

Na semana seguinte, quando o grupo fazia pequena con­fraternização, deixando-se vencer pela influência dos adver­sários, Soraia e Queiroz declararam-se um ao outro, decidin­do, naquele momento, fugir para verdadeira aventura, per­dendo-se completamente no caminho, abandonando as ta­refas espíritas, comprometendo-se muito espiritualmente.

E, porque não foram nem um pouco cuidadosos nos comentários, certas criaturas descaridosas ouviram e, após a saída dos companheiros moralmente enfermos, a notícia se espalhou qual relâmpago destruidor.
 
Durante dias, uma onda de fofoca e reclamações inva­diu a Casa, vários departamentos apresentavam problemi­nhas, a intolerância estagiava entre muitos dirigentes.
 
        Os amigos espirituais, entendendo que era o momento correto para agir, preparavam-se para interferir o quanto possível. 

        Os departamentos doutrinários já desenvolviam falhas significativas. O atendimento fraterno, por exemplo, sem a presença organizadora de Márcia Boaventura, prosseguia de maneira muito deficiente. Outros cooperadores dedicados faziam o possível para acolher, com a mesma competência, os que chegavam pela primeira vez na instituição ou àqueles desejosos de uma palavra amiga, seguida da orientação espí­rita.

Não faltavam, porém, os invigilantes perturbando o serviço. Sequiosos por cargo, disputavam a organização das entrevistas, quais representantes do orgulho em uma empresa do mundo. Esqueceram de que os candidatos a comandar o trabalho do bem devem, primeiramente, se esforçar por co­mandarem a si mesmos.

Castro começava a se preocupar. Para ele, o trabalho das entrevistas era muito importante, porque representa as boas-vindas da Casa Espírita aos que estão chegando, desejosos em conhecer o Espiritismo ou necessitados de orientação espiritual.

Todos os dias recebia reclamações, notava a fascinação instalada em certos grupos mediúnicos. O caso Maria Souza lhe atormentava a consciência, além das perturbações gera­das por Sérgio e Soraia.

        Israel igualmente recebia dezenas de queixas acerca dos grupos e dos trabalhadores em desequilíbrio. E mergulhan­do em profundas reflexões, sob inspiração superior, deduziu ser preciso providências urgentes a fim de esclarecer os companheiros em jornada. Para isso, aplicaria um estudo exal­tando, no Centro, o que é uma Casa Espírita, seus valores, objetivos e finalidades, além da pureza doutrinária, bem como as funções dos trabalhadores, relembrando os preceitos do homem de bem.
 
Livro: Aconteceu na Casa Espírita
Emanuel Cristiane/Nora
 
Francisco Rebouças

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel