“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Bendita mediunidade!

Nós espíritas, muito temos que agradecer a este querido amigo, o Espírito André Luiz, que com seu trabalho de verdadeiro repórter da pátria espiritual, nos enviou suas experiências vivenciadas ao lado dos benfeitores amigos, e relatadas nas obras de reconhecido conteúdo doutrinário psicografadas pelas prestimosas mãos do mensageiro da vida Maior, Francisco Cândido Xavier, via mediunidade.

São tantas as informações, que não há no movimento espírita, alguém que se dedique ao estudo sério e aprofundado da doutrina, que desconheça as importantes e esclarecedoras experiências, por ele presenciadas e narradas nos mínimos detalhes, e contidas nas diversas obras de autoria dessa nobre alma.

Entre tantos assuntos, podemos destacar a existência da colônia Nosso Lar, e a confirmação da existência de outras tantas instituições de socorro na espiritualidade, a narrativa da reencarnação de Segismundo, a beleza da descrição da casa mental, a importância do cérebro, a dedicação de incalculável número de trabalhadores e discípulos de Jesus em franca movimentação na esfera invisível, etc., etc.

Em suas diversas obras, André Luiz nos faz entender a grandeza da vida na espiritualidade, fazendo uma descrição incomparável das atividades desenvolvidas pelo Ser imortal que todos somos, na continuação da vida do espírito após a morte do corpo físico, na continuidade da existência que jamais cessará.

Em suas narrativas, nos mostra as lições ministradas por abnegados servidores do Mestre de Nazaré em elevado patamar de conhecimento e entendimento das Leis perfeitas e imutáveis com que o Criador rege os destinos de seus filhos, deixando transparecer a certeza de que Deus é Soberanamente Justo e Bom.

Por essa razão, é que não podemos concordar com uma enorme percentagem de confrades, que só se referem às anotações contidas nas obras desse benfeitor amigo, quando essas anotações estão de acordo com o que querem transmitir em suas mensagens recheadas de personalismo e vaidade, espalhando pretensiosamente suas acanhadas interpretações para justificar os absurdos com que pretendem fazer das atividades mediúnicas seus laboratórios de insensatez sem qualquer compromisso com a responsabilidade da correta divulgação e vivência dos postulados de nossa novel doutrina espírita.

Assim procedendo, estão na verdade, prestando enorme desserviço à nobre causa espírita, espalhando conceitos inverídicos, sustentando opiniões absolutamente equivocadas, para não se contradizerem perante aqueles a quem sempre se fizeram passar por conhecedores da mensagem espírita, quando jamais foram sequer bons aprendizes.

Está na hora de se tornarem verdadeiros seguidores do Mestre de Nazaré, reconhecendo os equívocos, e refazendo seus conceitos falseados propositadamente, assumindo seus erros doutrinários e desfazendo os absurdos que eles mesmos espalharam irresponsavelmente, e que se alastram como uma doença contagiosa, pois, estarão mais cedo ou mais tarde, frente a frente ante o tribunal da própria consciência a bater o martelo da retificação.

Não mais percamos tempo com personalismos, não mais insistamos no erro que já identificamos em tudo o que transmitimos aos nossos semelhantes, refaçamos os conceitos, e sigamos as instruções dos Emissários Celestes, que não cansam de nos alertar para que sejamos honestos e humildes, como Jesus sempre exemplificou em todas as suas atitudes para com todos nós.

Francisco Rebouças.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Pastores evangélicos aplaudem evento espírita

Wellington Balbo – Bauru – SP.

Causou furor a apresentação do cantor lírico Allan Vilches no teatro do Centro Cultural Matarazzo, na cidade de Presidente Prudente, no último dia 18 de dezembro. O evento promovido pela USEI de Presidente Prudente em parceria com o Centro Espírita André Luiz teve ótima repercussão. Allan é espírita residente em São Paulo , músico profissional, vem percorrendo diversas localidades com sua bela voz, que encanta e emociona, contribuindo para a divulgação da Doutrina Espírita por intermédio da arte.

Importante deixar registrado que Allan esteve por mais de uma hora cantando em programa de rádio com grande audiência na cidade de Presidente Prudente e região, e soltou a voz em vários idiomas, o que chamou a atenção do público não espírita para comparecer à sua apresentação.

Aliás, a arte, em suas mais diversas formas de expressão, é importante ferramenta de promoção e engrandecimento do ser humano, por isso, nada mais justo do que utilizá-la para fazer o Espiritismo viajar além dos horizontes do centro. A música em si traz magia, aguça a sensibilidade, toca o coração, imperioso reconhecer seu poder arrebatador, portanto, quando aliamos a música e sua leveza à mensagem espírita, os resultados conquistados em termos de divulgação do Espiritismo são significativos. Foi o que ocorreu no caso da visita de Allan à cidade de Presidente Prudente.

A propósito, o evento foi prestigiado por pessoas de outras religiões, tendo, inclusive, a presença de dois pastores evangélicos e um Ministro da Eucaristia católico, que ficaram emocionados com a apresentação do cantor lírico. Informou-nos o amigo Lourival Silveira que os pastores saíram do teatro com uma visão totalmente diferente da Doutrina Espírita e, de quebra, perguntaram se o cantor não poderia se apresentar nas igrejas evangélicas coordenadas por eles. Já o Ministro da Eucaristia católico, surpreendeu-se, não imaginava que nas fileiras espíritas houvesse espaço para a cultura. Assim como os pastores, tinha idéia diferente do Espiritismo.

Vejam caros leitores, é a arte aproximando criaturas, quebrando preconceitos, vencendo barreiras impostas pela intransigência de alguns que, por milênios, impuseram idéias prejudiciais à união das pessoas. É a arte tornando o Espiritismo conhecido e respeitado. Naturalmente os pastores não deixarão suas religiões, mas a idéia não é mesmo essa. A intenção do Espiritismo não é tomar fiéis e convencer pela força, mas sim ajuntar e despertar a criatura humana para a importância de conhecer assuntos como a reencarnação, comunicabilidade dos Espíritos, lei de ação e reação, progressão dos mundos e etc.

Fico a imaginar a bela cena: em culto evangélico um espírita apresentando a mensagem da doutrina de maneira elegante e coerente. E por que não? Porque criar embaraços se podemos nos unir. Ora, a mensagem cristã é de união e amor entre as pessoas, e o Espiritismo é cristão, acima de tudo. Podemos todos, espíritas, evangélicos, católicos, budistas, judeus e demais, lutar pela construção dos ideais de fraternidade na Terra, promovendo-a, por intermédio de nossas ações, na hierarquia dos mundos. A arte é um desses condutos, o Espiritismo e outras religiões também. Cabe-nos, portanto, como ensina a Espiritualidade, ousar no campo do bem, trabalhando para que o Espiritismo dê sua parcela de contribuição na edificação de uma sociedade mais justa e fraterna. Ousadia, pois, é a mensagem do momento; ousadia para divulgar e espalhar as lições codificadas por Kardec, para que todos possam ter acesso a elas.

Ficam registrados os parabéns pela bela e ousada iniciativa da USEI Presidente Prudente e Centro Espírita André Luiz.

Wellington Balbo
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Francisco Rebouças.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Psicografia

Palavras de Josepha!

Não te eleves a patamares acima de tuas possibilidades de realização, pois, poderás ter surpresas desagradáveis que costumam surpreender tantos quantos não levam em conta a cautela e a humildade, tentando passar pelo que em verdade está bem distante de ser.

Vive, de forma a demonstrar o quanto verdadeiramente já possuis de entendimento e consideração por ti mesmo e pelo teu próximo, sem querer demonstrar além de tuas possibilidades de vivenciar as mensagens do Cristo, no teu dia-a-dia, e procura dessa forma, ser autêntico em tuas palavras e em tuas ações.

Todos aqueles que usaram de recursos ilusórios, estampando no semblante e nas palavras os recursos das virtudes, dos quais ainda não se faziam portadores, não lograram êxito na empreitada sucumbindo nos obstáculos que lhes visitaram, e, vencidos, caíram em desespero e infelicidades por não terem em si mesmos, os recursos da fraternidade e da paz que os manteriam em equilíbrio e com esperanças no porvir e se desmentiram, fazendo vir à tona a quantidade de sombras que ainda carregavam.

Não te iludas e nem iludas teu próximo, seja sempre autêntico, consciente de que estás em processo evolutivo vivendo como pessoa séria, ainda em busca do verdadeiro equilíbrio, e procura desenvolver as virtudes sublimes que trazes latentes no íntimo de teu Ser imortal, sem te preocupares em exibir Negritoas aparências exteriores das qualidades que ainda não te achas portador.

Não te esqueças irmão amigo, que as virtudes e os valores do mundo físico, são passageiros, as de tua alma são eternas.

Espírito:Josepha
Por: Francisco Rebouças

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Vem aí o Natal, e com ele, a expectativa da chegada do Papai Noel

Desde a antiguidade os Romanos já ofereciam presentes aos seus amigos, durante as festas da Saturnália, onde ofereciam estatuetas de deuses, em argila, pedra-mármore, ouro ou prata, de acordo com possibilidades financeiras.

Também durante as calendas ou festividades do Ano Novo romano, costumava-se colocar ramos de pinheiro na porta das casas de pessoas amigas, o que acabou se tornando prática bastante difundida com o crescimento do domínio Romano.

Como conhecemos hoje, os presentes de Natal, se iniciaram com a idéia do papa Bonifácio, no século VII, quando ao término da missa do dia 25 de dezembro, reuniu os sacerdotes para benzerem os pães e distribuí-los ao povo.

A tradição de enviar cartões de Natal tem origem britânica

Conta-se que o cartão de Natal surgiu em 1843, época em que os Contos de Natal de Charles Dickens acabavam de ser lançados, e ao perceber que o ano se findava e não teria tempo de escrever à mão suas felicitações natalinas aos seus amigos, o Sir Henry Cole, diretor do British Museum of London, encomendou as mensagens prontas através dos cartões elaborados pelo artista plástico mais em voga na época, John Callicot Horsley, membro da Royal Academy. Horsley, que pegou um cartão pequeno, quadrado, e dividiu-o em três partes.

Ao centro, desenhou uma família reunida em volta da mesa, bebendo alegremente, e ao lado, crianças esfomeadas recebendo comida e roupas, aa parte de baixo, escreveu: "A merry Chrístmas, a happy New Year to you". Depois, os cartões foram impressos em litografia, cem ao todo, e coloridos a mão. Cole despachou cinqüenta pelo correio e vendeu o resto, cada um por um xelim.

Primeira loja de presentes de natal

Temos notícia de que a primeira loja especializada em presentes de Natal e Ano Novo, foi fundada em Paris, no ano de 1785.

A visão espírita do Natal

Entendemos o Natal, como mais uma excelente época para nossas reflexões, sobre a verdadeira mensagem do aniversariante que quase sempre não é lembrado. Não temos mais a visão de que o Natal foi feito para troca de presentes, pois, já assimilamos a grandeza dos ensinos de Jesus quanto aos objetivos de sua vinda ao mundo, que é a de nos mostrar o caminho da felicidade e da pureza espiritual pela nossa mudança de postura diante da vida e do próximo, buscando sermos verdadeiramente discípulos do Cristo, em pensamentos palavras e atos.

O personagem mais esperado e comemorado nos dias da atualidade infelizmente ainda é o Papai Noel, que nessa época é o assunto de todos os meios de comunicação da mídia, no aguardo dos ganhos financeiros que a data proporciona, por ser mal interpretada pala maioria dos cristãos.

O Natal precisa ser entendido em seu verdadeiro sentido, ou seja, como uma época especial para reunião da família com propósitos superiores, onde podemos orar juntos agradecendo a Deus pela bênção da vida que ELE nos concedeu como mais uma oportunidade de aperfeiçoamento e progresso espiritual, a caminho da felicidade e da pureza do espírito imortal que todos somos.

Francisco Rebouças

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Psicografias

Palavras de Josepha!

Pensa positivo para que tuas realizações sejam de proveito para ti e para o teu próximo, não desperdices energias dessa usina que é teu cérebro, com coisas fúteis sem a devida substância de natureza moral elevada.
Teu pensamento é fonte de realizações, tudo quanto pensas, plasmas no éter cósmico e vai suprir as necessidades dos que estiverem em conformidade com ele, tornando-te dessa forma também responsável pelos seus efeitos positivos ou negativos que gerarem na mente e na realização do teu irmão.
Procura te abastecer de conteúdos nobilitantes hauridos nas páginas dos livros que te possam possibilitar a absorção de elevados conhecimentos capazes de te propiciarem melhor entendimento das Leis imutáveis com que Deus nutre e harmoniza sua criação.
Sê consciente com tuas responsabilidades de co-criador que és, fazendo por ti e por teu próximo o que o mestre de Nazaré recomendou aos seus discípulos fiéis: “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, e recorda como espírita que afirmas ser que a máxima da novel doutrina que segues é: “Fora da caridade não há salvação”, não te esqueças nunca dessa verdade cristalina.
Espírito: Josepha
Por: Francisco Rebouças

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Também nós, tenhamos cuidado!

"Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados e descaiais da vossa firmeza." - Pedro. (II PEDRO, 3:17.)

É imprescindível que entendamos o quanto antes, que o esclarecimento íntimo é inalienável tesouro que os discípulos sinceros do Cristo precisam desenvolver por todos os meios ao nosso alcance e com a máxima urgência e determinação possíveis.

A sociedade está repleta de homens abomináveis que invadiram e dominam os campos da política, da ciência, da religião e constroem obras lamentáveis e chocantes para os espíritos menos vigilantes; que desavisadas e imprudentes, são por eles arrebatadas às surpresas do vale do engano e da morte, e seguem absolutamente desequilibradas nos círculos da vida em ambos os planos; o físico e o espiritual.

Dos enganos e das falsidades de suas construções, individualistas, consolidadas nas ações orgulhosas e egoístas, precipitam-se em despenhadeiros apavorantes, onde se distanciam, cada vez mais, da moral, da dignidade e da luz.

São muitos os imprevidentes que, sem uma reflexão maior se deixam arrastar por fantasiosas criações das mentes perturbadas pela posse do ouro e do poder; mas, graças ao trabalho de incansáveis e dedicados discípulos da Seara de Jesus, alguns desses distraídos do caminho, conseguem obter socorro eficiente e justo, no auxílio que recebem dos Celestes Emissários do alto, para deixarem o equivocado e perigoso caminho que trilham, simplesmente por desconhecerem a verdadeira situação em que se encontram iludidos pelo fascínio das falsas e ilusórias fantasias.

Não procuraram analisar as informações que lhes foram apresentadas, e acreditaram sem ao menos o trabalho de verificar a procedência e o fundamento moral de tais conceitos, onde muitas das vezes o sentido verdadeiro dos ensinos ministrados, foram falseados ou modificados propositadamente, visando unicamente, a mantê-los na ignorância por motivos escusos e condenáveis.

Semelhante situação não acontece com os verdadeiros aprendizes, fiéis seguidores da mensagem cristã, que por estudarem de forma séria e disciplinada, o contido nos Evangelhos, conhecem, de antemão, a verdade de tudo o que o Mestre Maior da humanidade ensinou e exemplificou com sua conduta irrepreensível.

O dedicado aprendiz só se deixará levar por equívocos quando se fizer surdo aos convites do bem, deixando-se envolver pelas armadilhas das sombras, podendo dessa forma ser levado a percorrer os tortuosos caminhos, diferentes daqueles sugeridos pelos Emissários da Paz e do progresso.

Os Bons Espíritos só nos conduzem por estradas largas e retas onde podemos desfrutar da calmaria natural de quem tem a consciência tranqüila de que está agindo em conformidade com os princípios Divinos contidos nas Leis de Deus, perfeitas e imutáveis.

Deus nos dá sempre em conformidade com nossas necessidades; ao doente e desprotegido permitirá que receba os benefícios do remédio; ao equivocado permitirá lhe seja transmitida a orientação adequada a que encontre o porto seguro do equilíbrio; e ao trabalhador, proporcionará ganho suficiente para lhe garantir os recursos suficientes à conquista do progresso moral que precisa empreender rumo à felicidade e à pureza espiritual.

Necessário se faz entender, que o fiel discípulo de Jesus será mais cedo ou mais tarde bafejado pelas beneces do Céu em seus dias, recebendo os frutos do esclarecimento, que lhe trarão consolações, luzes e bênçãos, para que se dedique ao trabalho em seu próprio favor e de seu semelhante cada vez mais e melhor, por saber, de antemão, o quanto lhe compete realizar em serviço e vigilância para se desvencilhar das ilusões dos homens abomináveis, agindo com a responsabilidade que lhe compete, fugindo das aflitivas realidades que aguardam nos planos inferiores os incautos, preguiçosos e inconseqüentes de hoje.

Francisco Rebouças

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Médium e mediunidade

"159. Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. E de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações.

As principais são: a dos médiuns de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos, ou impressionáveis; a dos audientes; a dos videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos pneumatógrafos; a dos escreventes, ou psicógrafos"
.

Fonte:
Livro dos Médiuns - CAPÍTULO XIV - DOS MÉDIUNS, item 159.
Grifos nossos.

Francisco Rebouças.

domingo, 30 de novembro de 2008

Campanha de Solidariedade!

Caros amigos, está na hora de fazer a nossa parte na ajuda aos desabrigados da tragédia de Santa Catarina, cada um colabore da forma que lhe for possível, seja enviando mantimentos, ou depositando dinheiro nas contas abertas pela Defesa Civil, ou mesma se apresentando como voluntário, o certo é que sempre podemos ajudar, mesmo em casa sem poder sair, ainda aí podemos direcionar para esses nossos irmãos as melhores vibrações de nossos corações em forma de preces dirigidas a essas famílias envolvidas.

Hoje, são eles os atingidos, amanhã poderá ser qualquer um de nós, sigamos o ensino de Jesus quando nos diz: “façamos aos outros, o que gostaríamos que os outros fizessem por nós se estivéssemos na situação que eles se encontram agora”.
Informações importantes
Contas bancárias

Para quem preferir ajudar em dinheiro, a Defesa Civil de Santa Catarina informa que há contas bancárias para receber doações. As contas são:

- Banco do Brasil
Agência: 3582-3
Conta corrente: 80.000-7

- Besc
Agência: 068-0
Conta Corrente: 80.000-0

- Caixa Econômica Federal
Agência: 1877
operação 006
conta 80.000-8

- Bradesco
Agência: 0348-4
Conta Corrente: 160.000-1

- Itaú S/A

Agência: 0289

Conta Corrente: 69971-2

O nome da pessoa jurídica é Fundo Estadual da Defesa Civil, e o CNPJ é 04.426.883/0001-57.

Segundo o governo estadual, o dinheiro arrecadado será usado para compra de mantimentos que serão distribuídos entre os moradores das cidades que tiveram alagamentos e deslizamentos.

Cadastro de voluntários

A Defesa Civil informa que o cadastro de voluntários, como médicos, enfermeiros e outros profissionais, pode ser feito no site da Secretaria de Saúde: www.saude.sc.gov.br

Contatos em cada estado

- CEDEC/RS - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Rio Grande do Sul

www.defesacivil.rs.gov.br

Fone: (51) 3210-4219

- DEDC/SC - Diretoria Estadual de Defesa Civil de Santa Catarina

www.defesacivil.sc.gov.br

Fone: (48) 4009-9816

- CEDEC/PR - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná

www.defesacivil.pr.gov.br

Fone: (41) 3212-2915

- SEDEC/RJ - Secretaria de Estado da Defesa Civil do Rio de Janeiro

www.defesacivil.rj.gov.br

- CEDEC/SP - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de São Paulo

www.defesacivil.sp.gov.br

Fone: (11) 2193-8888

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil - São Paulo - Telefone: 199
Cruz Vermelha - São Paulo - Telefone: 11-5056-8665 / 5056-8664 / 5056-8667

- CEDEC/MG - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais

www.defesacivil.mg.gov.br

Fone: (31) 3236-2111

- CEDEC/ES - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Espírito Santo

www.defesacivil.es.gov.br

Fone: (27) 3137-4441

- SIDEC/DF - Sistema de Defesa Civil do Distrito Federal

www.defesacivil.df.gov.br

- CEDEC/MS - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Mato Grosso do Sul

www.defesacivil.ms.gov.br

Fone: (67) 3318.1078

- CORDEC/BA - Coordenadoria de Defesa Civil do Estado da Bahia

www.defesacivil.ba.gov.br

Fones: (71) 3115-4228/ 3371-6691/ 3371-9874.

Em nome desses nossos irmãos, nossos agradecimentos antecipados,
Francisco Rebouças.

sábado, 29 de novembro de 2008

Contos!

QUEM SÃO OS TOLOS?

Conta-se que numa pequena cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado de pouca inteligência, que vivia de pequenos biscates e esmolas.

Diariamente eles chamavam o bobo ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas, uma grande de 400 réis e outra menor, de dois mil réis.

Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos. Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.

- Eu sei - respondeu o não tão tolo assim - ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda.

Pode-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.
A primeira: quem parece idiota, nem sempre é.

Dito em forma de pergunta: quais eram os verdadeiros tolos da história?
Outra conclusão: se você for extremamente ganancioso, acabará por estragar sua fonte de renda.
Mas a conclusão mais interessante, a meu ver é a percepção de que podemos estar bem mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.
Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas o que realmente somos!
Autor Desconhecido.
Francisco Rebouças

domingo, 23 de novembro de 2008

Psicografias - Palavras de Josepha!

Nossas palavras:

Prezados amigos, neste blog a partir de hoje, estaremos fazendo o lançamento das instruções e das mensagens que nos forem transmitidas por nossa querida amiga Benfeitora Espiritual, seu nome? JOSEPHA!

Esta amiga de nossa vida, de há muitos séculos nos tem prestado seu auxílio, externando todo amor que já possui em seu nobre coração, estendendo-nos seus braços caridosos dando-nos sua mão em inúmeras ocasiões que sem seu auxílio estaríamos em sérias dificuldades.

Dessa forma queremos levar ao conhecimento de todos os nossos amigos do FRANCISCO REBOUÇAS - ESPIRITISTA, as doces e sábias mensagens desta seguidora operosa e fiel do Mestre de Nazaré, que dedica-se na espiritualidade ao trabalho de evangelização de crianças e jovens com sérios e profundos problemas espirituais a vencer.

Á nobre Josepha, nossos sinceros agradecimentos por tudo o que nos tem ofertado em séculos de ajuda e esclarecimento para que hoje pudéssemos oferecer nosso modesto testemunho de agradecimento pela publicação de suas mensagens de luz!

Palavras de Josepha!

Aproveite, da melhor forma teu dia, com disposição de empreender as boas ações que te forem possíveis de realização.
Ao despertares pela manhã, não te esqueças de que um novo dia está se iniciando e com ele as melhores oportunidades para tuas realizações no campo do Espírito Imortal.

Começa tuas horas de vigília, com uma oração de saudação ao dia que se inicia, agradece ao Senhor pela noite de repouso que desfrutaste, e dedica-te a construir as boas obras que ELE espera que realizes.

Em seguida, parte resoluto para teus compromissos do dia a dia com alegria e bom humor, na certeza de que de ti depende unicamente a tua felicidade. Tem confiança em ti mesmo e em Deus, e vive alegre e otimista, derramando em volta de teus passos as vibrações de paz e harmonia que envolvem sempre os indivíduos que se mostram de bem com a vida.

Realiza teus compromissos com empenho e responsabilidade, e conta com o auxílio dos Bons Espíritos, que prestimosos estarão ao teu lado, ajudando-te a semear a boa semente que crescerá e dará bons e saborosos frutos no teu porvir.

Não te esqueças nunca de que: “estás reencarnado para crescer e progredir”!

Mensagens psicografadas
Espírito: Josepha
Por: Francisco Rebouças.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ouve a ti mesmo

Examina com calma o que se passa em tua consciência, para que possas compreender e observar que caminhos estás trilhando. Ela deve ser a tua bússola a comandar e nortear tuas decisões. Pensa nas inúmeras dificuldades que seriam evitadas por ti, se tivesses escutado a voz que te chama à atenção para tuas iniciativas, alertando-te para os perigos a que te expões desnecessariamente diante dos convites que as tentações do mundo te apresentam cheios de ilusões e fantasias.

O Homem, evitaria muitos de seus infortúnios se observasse às instruções que lhe são transmitidas por sua voz interior, para que vigie e ore nas horas de incertezas que acontece a qualquer indivíduo no dia a dia das suas atividades de toda ordem.

Quando ele não está atento a esse chamamento de sua consciência, estará sujeito a cair em sérios embaraços, por sua conduta desatenta. Procura dessa forma, ouvir com mais atenção á voz que te chega do imo de teu Ser, e chegarás facilmente à conclusão de que não há melhor conselheira do que a tua própria consciência.

Observa essas instruções de teu interior, antes de tomar qualquer atitude, e, se por acaso, descobrires que cometeu algum deslize com teu semelhante, apressa-te em corrigir, procura aquele que magoaste e refaz a situação com teu pedido de desculpa sincera, e, não mais perseveras no erro sob qualquer pretexto.

Francisco Rebouças.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Abençoado, Espiritismo!

A Religião cristã tem sido utilizada de forma completamente equivocada por inúmeros “religiosos”, para criar separações e escândalos, como se esses fossem objetivos plausíveis para se fazer uso de qualquer órgão destinado a falar da mensagem de amor, fraternidade e respeito ao semelhante, ensinadas e exemplificadas por Jesus de Nazaré.
Infelizmente, o nível de moralidade de nossa sociedade ainda comporta atitudes como esta que ficamos sabendo pela rede internacional de notícias colocadas ao dispor de quem desejar se informar sobre qualquer assunto pela Internet, muitos dos quais nos deixam perplexos ao tomar conhecimento de fatos do teor desse que abaixo transcrevemos.

Xuxa processa jornal da Igreja Universal; indenização pode chegar a R$ 3 milhões.

“Xuxa está movendo um processo contra a “Folha Universal”, jornal semanal da Igreja Universal do Reino de Deus, que traz uma reportagem sobre um suposto pacto que a apresentadora teria feito com o diabo. Procurada pelo Babado, a assessoria de imprensa de Xuxa confirmou a ação, mas disse que ela não quer se pronunciar sobre o caso antes que o processo seja concluído.

O jornal, cuja manchete é “Contrato com o diabo”, diz que Xuxa teria vendido sua alma pela incrível quantia de 100 milhões de dólares. Agora, a apresentadora pede uma indenização de R$ 3 milhões por danos morais.

A coluna “Retratos da Vida” do jornal Extra, desta quarta-feira (12), afirmou que no processo, que está correndo na 6ª Vara Cível do Fórum da Barra da Tijuca, no Rio, Xuxa afirma que “respeita todas as religiões, tem fé e amor a Deus e toda sua vida foi voltada para fazer o bem, a exemplo do trabalho que desenvolve na fundação que leva o seu nome.”¹

Preciso se faz urgentemente, que a mensagem de Jesus seja cada dia, propagada de forma mais eficiente, e ostensiva, por todos os meios e formas possíveis, para que chegue ao conhecimento de tantas criaturas que seguem certas filosofias ditas cristãs, que pregam a separação pela informação inverídica de que outras correntes do cristianismo cultuam o “Demônio”.

Esse é o caso da Doutrina Espírita, tantas vezes desrespeitada por pseudo-sábios-religiosos, por ignorância de alguns, e por má fé de muitos, sempre foi alvo de calúnias e até mesmo de ataques físicos a muitas de suas instituições, sob a falsa alegação de que nas dependências dessas instituições se fazia culto ao Demônio, simplesmente por desconhecerem que o diabo não tem vez nas tarefas espirituais das casas espíritas sérias.

Não tememos e nem cultuamos o demônio, porque só conhecemos a Jesus Cristo, e sabemos que o demônio tão falado e cultuado por esses “religiosos”, que não o esquecem nunca em suas pregações, não passa para nós de um espírito de algum ser humano como qualquer de nós, que ainda se encontra no mundo espiritual ignorante e necessitado de ajuda e oração.

Precisamos sair da atitude defensiva defendida por grande parte dos confrades espíritas, e buscarmos os meios de comunicação fazendo os necessários esforços para que o bem possa ser mais e melhor divulgado e incentivado, para que possa se expandir cada vez mais, deixando o mal com menos espaço do que ainda hoje a ele é reservado nos noticiários da mídia.

Está mais que na hora de apoiarmos as iniciativas audaciosas de alguns poucos heróis, que sem incentivo ou apoio, se expõem em iniciativas isoladas, através do lançamento de filmes com a temática espírita, das artes, das feiras de livros espíritas, de artigos, de encontros, de almoços, e de todos os tipos de eventos que possam ser levados a efeito no sentido de divulgar os conceitos verdadeiramente cristãos de nossa doutrina.

Sabemos que os conceitos doutrinários do espiritismo se solidificarão um dia em nossa sociedade, conforme contido em o Livro dos Espíritos, transcritos abaixo, mas, é preciso fazer a parte que nos compete dentro de nossas possibilidades e recursos, para que esse advento não seja retardado pela falta de empenho e dedicação de cada discípulo do Cristo seguidor do espiritismo, e a regeneração tão sonhada por todos não fique apenas nos nossos sonhos, mas, possa se tornar uma realidade.

Influência do Espiritismo no progresso
798. O Espiritismo se tornará crença comum, ou ficará sendo partilhado, como crença, apenas por algumas pessoas?

“Certamente que se tornará crença geral e marcará nova era na história da humanidade, porque está na Natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos. Terá, no entanto, que sustentar grandes lutas, mais contra o interesse, do que contra a convicção, porquanto não há como dissimular a existência de pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor-próprio, outras por causas inteiramente materiais. Porém, como virão a ficar insulados, seus contraditores se sentirão forçados a pensar como os demais, sob pena de se tornarem ridículos.”

As idéias só com o tempo se transformam; nunca de súbito. De geração em geração, elas se enfraquecem e acabam por desaparecer, paulatinamente, com os que as professavam, os quais vêm a ser substituídos por outros indivíduos imbuídos de novos princípios, como sucede com as idéias políticas. Vede o paganismo. Não há hoje mais quem professe as idéias religiosas dos tempos pagãos.

Todavia, muitos séculos após o advento do Cristianismo, delas ainda restavam vestígios, que somente a completa renovação das raças conseguiu apagar. Assim será com o Espiritismo. Ele progride muito; mas, durante duas ou três gerações, ainda haverá um fermento de incredulidade, que unicamente o tempo aniquilará. Sua marcha, porém, será mais célere que a do Cristianismo, porque o próprio Cristianismo é quem lhe abre o caminho e serve de apoio. O Cristianismo tinha que destruir; o Espiritismo só tem que edificar.

799. De que maneira pode o Espiritismo contribuir para o progresso?
“Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses. Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o homem perceberá melhor que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro. Abolindo os prejuízos de seitas, castas e cores, ensina aos homens a grande solidariedade que os há de unir como irmãos.” ²

Que Jesus possa nos sustentar na determinação de ver o espiritismo compreendido e praticado em todos os seus belos e sublimes princípios.
Fonte:
1) Internet: http://www.ig.com.br/ - 12/11/08.
2)Livro dos Espíritos, FEB 76ª edição.
3) Grifos nossos.

Francisco Rebouças.

domingo, 9 de novembro de 2008

ENTENDER A SOLIDÃO

Lucy Dias Ramos

“O que é preciso é entender a solidão!(...)
O que é preciso é que a alma vá e venha;
e ouça a notícia do tempo,
e entre os assombros da vida e da morte,
estenda suas diáfanas asas,
isenta por igual
de desejo e de desespero.” (1)

Obedecendo a lei da vida, ante as perdas e as dores da alma, a autora nas asas da poesia retrata sua solidão e a aceitação de tudo o que é indescritível quando os sentimentos se submetem a imposição do que é real, mas permanece livre não se detendo ante o tempo que escoa célere, sustentada pela esperança.

Sofrendo a dor da perda, quando a morte arrebata nossos amores e não os podemos mais alcançar em nossa dimensão de vida, busquemos nas asas da prece o enlevo e a resignação para que nossa alma possa altear nos cimos da esperança isenta de quaisquer sentimentos de revolta e desespero.

Em momentos de solidão, evocando os sonhos e a felicidade de tempos passados nos quedamos silenciosos e tristes, o que é natural em nosso estágio evolutivo, entretanto, teremos que deixar este estado melancólico e buscar no entendimento das leis que regem todo o universo, a motivação maior de nossa existência, o porque do sofrimento e deste insulamento.
Somente nos refolhos de nossa alma, na contemplação de nosso eu mais íntimo é que encontraremos o refúgio seguro para entender o sentido existencial que nos anima e através da prece, a energia benfazeja que reerga nosso ser, ajudando-nos a prosseguir sem esmorecimento.
Entender a vida para que possamos entender a morte, afastando de nós a dor, o desencanto e assim, podermos alçar nossa mente à compreensão maior de nossos compromissos e deveres. Como nos fala a poesia, o que é preciso é entender a solidão e estando a sós, frente a frente com nossos anseios e conflitos, buscar o melhor entendimento e soluções para compreender o que se passa neste mundo quase irreal que criamos em momentos de reflexões mais profundas, não totalmente explorado nem conhecido por nós mesmos.

“Solidão é reajustamento das engrenagens do sentimento; lubrificante fino sobre as peças da emoção que o abuso enferrujou... O tempo e a constância do esforço resolvem a questão, perde o valor deprimente de que se reveste no começo, para facultar júbilo e paz interior pelos logros conseguidos.” (2)

Nestes instantes em que nos quedamos a sós, sem nos deixar levar pela descrença e a auto-piedade, entendendo que o tesouro do tempo nos é confiado para servir, amealhar recursos para nosso crescimento espiritual e assim podermos nos reabastecer de energias para prosseguir no embate, no aprimoramento moral a que estamos destinados.
Os que estão destinados a servir na sementeira do bem, se nutrem nestes momentos de silêncio interior para buscar o suporte necessário, na recomposição das forças, mas não se deixam ficar no vale da contemplação, como nos recomenda o benfeitor espiritual, Emmanuel:

“Procuremos as águas vivas da prece para lenir o coração, mas não nos esqueçamos de acionar nossos sentimentos, raciocínios e braços, no progresso e aperfeiçoamento de nós mesmos, de todos e de tudo, compreendendo que Jesus reclama obreiros diligentes para a edificação de seu Reino em toda a Terra.”(3)

São inúmeras as advertências dos amigos espirituais em torno da necessidade do auto-conhecimento, de nos refugiarmos dentro de nós mesmos sempre que a vida nos impuser as dores da alma, para o amplo entendimento diante da incompreensão, dos infortúnios e dissabores porque somente aí, neste refúgio de nosso ser, poderemos haurir forças e entender melhor os desígnios de Deus.
Allan Kardec, indaga aos Espíritos Superiores, na questão 924, de O Livro dos Espíritos:

“Há males que independem da maneira de proceder do homem e que atingem mesmo os mais justos. Nenhum meio terá ele de os evitar?

R- Deve resignar-se e sofrer sem murmurar, se quer progredir. Sempre, porém, lhe é dado haurir consolação na própria consciência, que lhe proporciona a esperança de melhor futuro, se fizer o que é preciso para obtê-lo.” (4)

Não seria esta advertência dos benfeitores espirituais, concitando-nos a buscar o entendimento maior na própria consciência, através da auto-análise, do ajustamento e do equilíbrio de nossos sentimentos em momentos de contemplação e prece?
O que é preciso, então, é entender com maior profundidade o motivo de estarmos aqui, neste momento, mesmo que a solidão ronde nossos passos tentando nos desencorajar ante os deveres de cada dia. E se conseguirmos, como diz a poesia, entender a solidão, sairemos vitoriosos nestes momentos de reflexão e amadurecimento, porque teremos a esperança de um futuro melhor, se fizermos o que é preciso para obtê-lo e principalmente merece-lo.

1 – MEIRELES, Cecília. Dispersos, Poesia Completa. Editora Nova Fronteira. Rio de Janeiro – RJ. 2002. P. 1729
2 – FRANCO, Divaldo P. Manoel P. de Miranda. Loucura e Obsessão. 2a. ed. FEB. Rio de Janeiro, 1990, RJ. P. 294
3 – XAVIER, Francisco C. – Emmanuel. Fonte Viva. FEB. Rio de Janeiro – RJ.24a. ed. 2000. P 162
4 – KARDE, Allan.O Livro dos Espíritos. FEB. Rio de Janeiro 84a. ed. 2003. q.429.

Obs.: Artigo publicado inicialmente no Portal do Espiritismo.

Francisco Rebouças.


Pensamentos

Aproveitemos o dia para meditar

Na grandeza e beleza da vida que desfrutamos,
Na bênção da visão que temos da natureza,
Na alegria pela saúde que ostentamos agora,
Na liberdade de fazer o que precisamos, para nossa melhora.

Na beleza e claridade do sol a brilhar,
Na mesa farta para nos saciar,
Na companhia dos familiares e amigos a nos rodear,
Na tarde alegre que vemos passar.

Na oportunidade que temos de ler e pensar,
Nas mensagens espirituais que não param de chegar,
Na obra Divina que nos permite avançar,
Na certeza da felicidade que está a nos aguardar...

Francisco Rebouças.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Vamos semear?

“A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos.” (Lucas: capítulo 10º, versículo 2.)

Imenso é o campo à espera de semeadores, que a Soberana Sabedoria Universal nos fornece, aguardando nossa disposição para preparação do arado e o plantio das boas sementes.

As sementes a que a boa nova se refere, são as palavras e os exemplos, deixados pelo nosso Mestre e Guia Jesus de Nazaré, contidas em abundância no seu evangelho, que são espírito e vida, sublimes e férteis de bênçãos e oportunidades para todos que se decidirem por seguí-lo.

A esmagadora maioria dos homens, no entanto, têm preferido semear outros tipos de sementes, pois, todos somos ativos e eficazes semeadores: pelos pensamentos, elaboramos idéias arquitetamos atos, pelas palavras, propomos conceitos, externamos opiniões, e finalmente pelos exemplos, geramos lições que podem ser de conteúdo útil ou nocivo à sociedade em que nos movimentamos.

Estamos sempre nos alternando, ora no papel de professores, ora no de aprendizes, participando da vida em sociedade, adquirindo e fomentando hábitos em todas as circunstâncias das relações que temos com nossos semelhantes como potenciais semeadores que todos somos.

Infelizmente, nos dias da atualidade, as sementes utilizadas no plantio do homem hodierno, têm se mostrado deficientes, equivocadas, e, têm por isso mesmo, propiciado o surgimento e o robustecimento dos valores degenerados, causando sérios prejuízos morais, alastrando os medos e as inquietações, gerando infelicidades e neuroses de toda ordem.

Desesperado segue o indivíduo, cavalgando pela estrada tortuosa da anarquia criando as distonias emocionais, desequilibrando o ambiente onde se faz presente, tornando-se veículo de desenvolvimento do mal, entravando o progresso do bem e dificultando a implantação da paz e da fraternidade.

Ouçamos, pois, as sábias palavras do benfeitor Emmanuel que nos diz: “Onde estivermos, atendamos ao impositivo de nossas tarefas, convencidos de que nossas mãos substituem as do Celeste Trabalhador, embora em condição precária. O Senhor age em nós, a favor de nós”. ¹

Por tudo isso, queridos irmãos, não mais adiemos a oportunidade, de nos apresentar ao trabalho na Seara do Mestre de Nazaré, como valorosos e úteis instrumentos, do Cristo, em favor da instalação definitiva da ordem e do progresso, em volta dos nossos passos, tornando-nos veículo do bem nas mãos dos benfeitores da Espiritualidade Superior, para a plantação da boa semente que se converterá em árvore frondosa, a fornecer frutos e sombras aos viajores famintos e fatigados do caminho.

Bibliografia:
1) Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel – Livro: Vinha de Luz, FEB, edição especial - Cap. 148, página 314.

Francisco Rebouças

domingo, 2 de novembro de 2008

A coragem e a responsabilidade de quem tem fé!

Toda vez que enfrentarmos sem temor as adversidades que nos surgirem, para mostrar nossa confiança nas mensagens de Jesus, constantes dos evangelhos, e tão bem explicadas pela nobre doutrina espírita, e que representam a única maneira de verdadeiramente chegarmos a Deus, como ELE nos afirmou: “Eu sou o caminho a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”,¹ é que estaremos dando nossa contribuição efetiva e nosso testemunho pessoal, para que a verdade das coisas se estabeleça segundo as suas próprias palavras em outra passagem registrada pelo evangelista João, quando nos disse: “O Espírito é o que vivifica, a carne para nada serve; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida." ²

Assim sendo, não podemos apenas deixar que a Espiritualidade Superior realize tudo o que se faz necessário para que a divulgação da mensagem do Consolador Prometido, se estabeleça com eficiência como muitos dos nossos confrades pensam e defendem. Dizem que em tudo a espiritualidade dará um jeito no tempo certo, e, até mesmo com relação aos seus filhos, estão esperando que cresçam e que os Espíritos Superiores os convençam a seguí-los ao encontro de Jesus nas casas espíritas que freqüentam, como se a orientação religiosa não fosse importante e não lhes estivesse designada pela Soberana Sabedoria do Universo, como responsabilidade de Pais.

Nos assuntos da doutrina espírita, também são incontáveis os seguidores do espiritismo que pensam e agem da mesma maneira, aceitando sem contestação as falsas interpretações dadas por uma grande quantidade de pseudo-sábios, que colocando a vaidade acima dos deveres de cristãos, enxertam, alteram e espalham conceitos absurdos como se fizessem parte da doutrina que desconhecem em profundidade, e, que ainda encontram apoio nas atitudes de grande parte dos espíritas, que a título de não polemizar, se calam deixando a falsa idéia se expandir, principalmente entre os que não fazem uso dos grupos de estudo das Instituições Espíritas sérias, deixando dessa forma de atender as instruções dos espíritos que nos afirmam: "Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea". ³

Preciso se faz, urgentemente se entenda, que o está sob nossa responsabilidade de executar, espírito nenhum poderá realizar por nós, pois, se assim fosse nada precisaríamos realizar em prol do nosso burilamento, os Espíritos fariam por nós, como bons amigos e executores das vontades do Pai.

Nas mensagens seguintes, contidas em O Evangelho Segundo o Espiritismo, podemos facilmente constatar essa verdade, conforme segue:

Coragem da fé

13. Aquele que me confessar e me reconhecer diante dos homens, eu também o reconhecerei e confessarei diante de meu Pai que está nos céus; - e aquele que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai que está nos céus. - (S. MATEUS, cap. X, vv. 32 e 33.)

14. Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do Homem também dele se envergonhará, quando vier na sua glória e na de seu Pai e dos santos anjos. (S. LUCAS, capítulo IX, v. 26.)

15. A coragem das opiniões próprias sempre foi tida em grande estima entre os homens, porque há mérito em afrontar os perigos, as perseguições, as contradições e até os simples sarcasmos, aos quais se expõe, quase sempre, aquele que não teme proclamar abertamente idéias que não são as de toda gente. Aqui, como em tudo, o merecimento é proporcionado às circunstâncias e à importância do resultado. Há sempre fraqueza em recuar alguém diante das conseqüências que lhe acarreta a sua opinião e em renegá-la; mas, há casos em que isso constitui covardia tão grande, quanto fugir no momento do combate.

A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE

Jesus profliga essa covardia, do ponto de vista especial da sua doutrina, dizendo que, se alguém se envergonhar de suas palavras, desse também ele se envergonhará; que renegará aquele que o haja renegado; que reconhecerá, perante o Pai que está nos céus, aquele que o confessar diante dos homens. Por outras palavras: aqueles que se houverem arreceado de se confessarem discípulos da verdade não são dignos de se verem admitidos no reino da verdade. Perderão as vantagens da fé que alimentem, porque se trata de uma fé egoísta que eles guardam para si, ocultando-a para que não lhes traga prejuízo neste mundo, ao passo que aqueles que, pondo a verdade acima de seus interesses materiais, a proclamam abertamente, trabalham pelo seu próprio futuro e pelo dos outros.

16. Assim será com os adeptos do Espiritismo. Pois que a doutrina que professam mais não é do que o desenvolvimento e a aplicação da do Evangelho, também a eles se dirigem as palavras do Cristo. Eles semeiam na Terra o que colherão na vida espiritual. Colherão lá os frutos da sua coragem ou da sua fraqueza.” 4

Bibliografia:
1) Evangelho de João, Cap. 14, v. 6.
2) Idem, idem, Cap. 6, v 63.
3) O Livro dos Médiuns, Cap. XX – Item 230.
4) O Evangelho Segundo O Espiritismo - Capítulo XXIV - 13, 14, 15 e 16
Grifos nossos.
Francisco Rebouças

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Solidariedade

Enquanto disponhas de tempo e recurso, cultiva a solidariedade.

És um ser social e necessitas da convivência com teu próximo, a fim de colimares as metas para as quais renasceste.

A solidariedade é um dos instrumentos mais valiosos para o êxito do tentame.

Torna-te útil, sê gentil, esparze a bondade, e, em compensação jamais te encontrarás a sós.

Livro: Vida Feliz
Divaldo Pereira Franco
Pelo espírito: Joanna de Angelis.

Franciso Rebouças

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Para se obter auxílio

É através do estudo sério da doutrina espírita, que ficamos conhecendo a verdadeira razão para entender, por que motivo, ninguém deve se habilitar a receber auxílio sem a mesma presteza em prestá-lo a quem dele se faça necessitado. Encontramos nas importantes e variadas obras da codificação, e ainda em inúmeras outras de elevado cunho moral doutrinário à nossa inteira disposição, informações preciosas de como tudo acontece á nossa volta, isto é, como tudo se fundamenta nas palavras do Mestre de Nazaré quando nos afirmou “a cada um segundo as suas obras”.

Ficamos sabendo por exemplo, que precisamos proceder nossa imediata e constante renovação moral, nas esferas física, mental e espiritual, alicerçada nos padrões do bem, através do auxílio ao nosso próximo pela desinteressada prática da caridade em favor do necessitado seja ele quem for, compreendendo que com esse comportamento estaremos nos beneficiando também, pela conquista da simpatia dos abnegados trabalhadores da paz a serviço de Jesus, que por sua vez nos estenderão mãos amigas, nas horas em que formos os verdadeiros necessitados, e, sem essa ajuda, nossos caminhos evolutivos nos surgiriam muito mais complicados e difíceis de ser transitados.

Precisamos entender em definitivo que todo o mal por nós praticado, conscientemente provoca inevitavelmente de algum modo lesão em nossa consciência, e se fará fazer sentir em forma de distúrbio em nosso organismo fisiológico mais cedo ou mais tarde. Em qualquer parte do universo em que nos situarmos, estaremos submetidos à mesma Lei de amor e justiça, e como espíritos em processo evolutivo em busca da perfeição relativa a que estamos destinados, precisamos nos associar aos promotores do bem e da paz no universo infinito, unindo nossos parcos recursos aos inúmeros colocados ao nosso inteiro dispor pela Soberana sabedoria do Universo.

O estudo dos postulados espíritas, muito nos ajudarão a clarear a razão, e nos assistirão no esforço individual esclarecendo-nos de que forma melhor poderemos contribuir para o perfeito equilíbrio dos princípios superiores elaborados por Deus para o modo de viver de cada individualidade, fazendo-nos entender que a justiça sendo instituição divina, começa exatamente em nós mesmos, e que, a evolução para a perfeição é uma viagem longa e difícil, onde o bem nos faculta passagens menos complicadas, e o mal nos interdita certos trechos da mesma estrada, o que nos obriga a paradas obrigatórias ou a contornos longos e acidentados.

Dessa forma, como espíritas que nos dizemos ser, busquemos nos ensinos dos Espíritos Superiores, contidos na codificação de nossa doutrina os necessários recursos para que melhor possamos nos apresentar ao Divino Amigo de todos nós, Jesus de Nazaré, para por nossa vez contribuir de forma positiva na tarefa que ELE confiou a cada um de nós, na construção de uma sociedade mais humana, decente e cristã, conforme segue:

Os bons espíritas

“Bem compreendido, mas sobretudo bem sentido, o Espiritismo leva aos resultados acima expostos, que caracterizam o verdadeiro espírita, como o cristão verdadeiro, pois que um o mesmo é que outro. O Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita aos homens a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida aos que duvidam ou vacilam.

Muitos, entretanto, dos que acreditam nos fatos das manifestações não lhes apreendem as conseqüências, nem o alcance moral, ou, se os apreendem, não os aplicam a si mesmos. A que atribuir isso? A alguma falta de clareza da Doutrina? Não, pois que ela não contém alegorias nem figuras que possam dar lugar a falsas interpretações. A clareza e da sua essência mesma e é donde lhe vem toda a força, porque a faz ir direito à inteligência. Nada tem de misteriosa e seus iniciados não se acham de posse de qualquer segredo, oculto ao vulgo.

Será então necessária, para compreendê-la, uma inteligência fora do comum? Não, tanto que há homens de notória capacidade que não a compreendem, ao passo que inteligências vulgares, moços mesmo, apenas saídos da adolescência, lhes apreendem, com admirável precisão, os mais delicados matizes. Provém isso de que a parte por assim dizer material da ciência somente requer olhos que observem, enquanto a parte essencial exige um certo grau de sensibilidade, a que se pode chamar maturidade do senso moral, maturidade que independe da idade e do grau de instrução, porque é peculiar ao desenvolvimento, em sentido especial, do Espírito encamado.

Nalguns, ainda muito tenazes são os laços da matéria para permitirem que o Espírito se desprenda das coisas da Terra; a névoa que os envolve tira-lhes a visão do infinito, donde resulta não romperem facilmente com os seus pendores nem com seus hábitos, não percebendo haja qualquer coisa melhor do que aquilo de que são dotados. Têm a crença nos Espíritos como um simples fato, mas que nada ou bem pouco lhes modifica as tendências instintivas. Numa palavra: não divisam mais do que um raio de luz, insuficiente a guiá-los e a lhes facultar uma vigorosa aspiração, capaz de lhes sobrepujar as inclinações. Atêm-se mais aos fenômenos do que a moral, que se lhes afigura cediça e monótona. Pedem aos Espíritos que incessantemente os iniciem em novos mistérios, sem procurar saber se já se tornaram dignos de penetrar Os arcanos do Criador. Esses são os espíritas imperfeitos, alguns dos quais ficam a meio caminho ou se afastam de seus irmãos em crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou então guardam as suas simpatias para os que lhes compartilham das fraquezas ou das prevenções. Contudo, a aceitação do princípio da doutrina é um primeiro passo que lhes tornará mais fácil o segundo, noutra existência.

Aquele que pode ser, com razão, qualificado de espírita verdadeiro e sincero, se acha em grau superior de adiantamento moral. O Espírito, que nele domina de modo mais completo a matéria, dá-lhe uma percepção mais clara do futuro; os princípios da Doutrina lhe fazem vibrar fibras que nos outros se conservam inertes. Em suma: é tocado no coração, pelo que inabalável se lhe torna a fé. Um é qual músico que alguns acordes bastam para comover, ao passo que outro apenas ouve sons. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. Enquanto um se contenta com o seu horizonte limitado, outro, que apreende alguma coisa de melhor, se esforça por desligar-se dele e sempre o consegue, se tem firme a vontade” ¹

1) E.S.E. Cap. XVII, Sede Perfeitos, item 4.


Muita Paz,

Francisco Rebouças.

Parábola dos Talentos

O Senhor age como um homem que, tendo de fazer longa viagem fora do seu país, chamou seus servidores e lhes entregou seus bens. — Depois de dar cinco talentos a um, dois a outro e um a outro, a cada um segundo a sua capacidade, partiu imediatamente. — Então, o que recebeu cinco talentos foi-se, negociou com aquele dinheiro e ganhou cinco outros. — O que recebera dois ganhou, do mesmo modo, outros tantos. Mas o que recebera um cavou um buraco na terra e aí escondeu o dinheiro de seu amo.
— Passado longo tempo, o amo daqueles servidores voltou e os chamou a contas.
— Veio o que recebera cinco talentos e lhe apresentou outros cinco, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; aqui estão, além desses, mais cinco que ganhei. — Respondeu-lhe o amo: Servidor bom e fiel; pois que foste fiel em pouca coisa, confiar-te-ei muitas outras; compartilha da alegria do teu senhor.
— O que recebera dois talentos apresentou-se a seu turno e lhe disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; aqui estão, além desses, dois outros que ganhei. — O amo lhe respondeu: Bom e fiel servidor; pois que foste fiel em pouca coisa, confiar-te-ei muitas outras; compartilha da alegria do teu senhor.
— Veio em seguida o que recebeu apenas um talento e disse: Senhor, sei que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e colhes de onde nada puseste; — por isso, como te temia, escondi o teu talento na terra; aqui o tens: restituo o que te pertence. — O homem, porém, lhe respondeu: Servidor mau e preguiçoso; se sabias que ceifo onde não semeei e que colho onde nada pus, — devias pôr o meu dinheiro nas mãos dos banqueiros, a fim de que, regressando, eu retirasse com juros o que me pertence.
— Tirem-lhe, pois, o talento que está com ele e dêem-no ao que tem dez talentos; — porquanto, dar-se-á a todos os que já têm e esses ficarão cumulados de bens; quanto àquele que nada tem, tirar-se-lhe-á mesmo o que pareça ter; e seja esse servidor inútil lançado nas trevas exteriores, onde haverá prantos e ranger de dentes. (S.Mateus, Cap. XXV, vv. 14 a 30)

Fonte:
O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XVI, item 6.
Francisco Rebouças.

sábado, 18 de outubro de 2008

O doce mas, equivocado aceitar!

É muito fácil de encontrar na seara espírita, inúmeros companheiros que discordam das formas como alguns outros confrades demonstram sua contrariedade em relação às diversificadas maneiras como são executados os trabalhos mediúnicos em grande parte do movimento espírita no Brasil, por criaturas que se dizem seguidores da doutrina dos Espíritos. Não concordam com o veemente tom de reprovação, que segundo eles, são justificados por quem assim procede com a desculpa que agem em defesa da fidelidade doutrinária.
Afirmam, que na doutrina espírita, e nas mensagens de Jesus, existem diversas páginas que sugerem outros caminhos para se encontrar a melhor maneira de desfazer as divergências existentes nos procedimentos das atividades mediúnicas, com as quais se poderiam corrigir os equívocos, dizendo: “as sombras só se dissipam com a luz”, e, estabelecer polêmicas inúteis, não leva esclarecimento a ninguém, demonstra simplesmente excesso de personalismo.
Até aqui, citamos algumas de suas afirmativas, seus pensamentos, mas que em verdade não encontram abrigo em nosso modesto ponto de vista. Primeiro porque, esses “compreensivos bonzinhos”, se esquecem de citar também as inúmeras páginas e ensinamentos que se encontram na Doutrina que contrariam esse procedimento de tudo aceitar sem argumentar com fundamentos doutrinários alicerçados na Codificação e nas obras auxiliares que nos aclaram bem para a responsabilidade de não compactuar com erros a título de “ser bonzinhos”, compreensivos, superiores etc., em entendimento e moralidade, pois sabemos não ser.
Os defensores da fidelidade doutrinária, devem sim, com argumentos convincentes e, de forma educada publicarem em todos os órgãos da mídia possíveis, “não suas fantasias doutrinárias”, mas a mensagem fidedigna como os espíritos Superiores no-la passaram, pois, quem assim procede, não me parece estar fazendo uso de personalismo e sim, atendendo ao apelo dos Nobres Emissários Celestes que nos afirmam: "Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea". Livro dos Médiuns, Cap. XX - Item 230.
Só entendemos que alguém pode ser esclarecido, nessa matéria, se conhecer verdadeiramente os postulados da doutrina espírita, e, enquanto nós não nos decidirmos por deixar de ser bonzinhos, para não causar polêmicas inúteis, segundo eles, a doutrina espírita estará cada dia mais distante de sua pureza doutrinária, como se constata diariamente, pois, já se encontra em muitos casos, bastante distorcida principalmente na área da mediunidade.
Pensamos que já basta o que fizeram com o Cristianismo, que teve que ser trazido novamente ao nosso conhecimento por Jesus e seus prepostos, pois, foi totalmente desfigurado, o que é preciso não se permita acontecer com o Consolador Prometido.
Jesus, a título de bondade, jamais deixou de desfazer equívocos por onde passou, classificou de hipócrita todo aquele que usava de verniz no verbo, mas, estava impregnado de interesses escusos ou covardia nos refolhos da alma. O esclarecimento deve ser ministrado sim, de forma efetiva e imediata, pois bem sabemos que são chegados os tempos, e também porque temos para orientação os ensinos dos Espíritos Superiores que indagados sobre o assunto, assim responderam ao codificador nas questões que seguem, do Livro dos Espíritos e no Evangelho segundo o espiritismo.
798. O Espiritismo se tornará crença comum, ou ficará sendo partilhado, como crença, apenas por algumas pessoas?
“Certamente que se tornará crença geral e marcará nova era na história da humanidade, porque está na Natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos. Terá, no entanto, que sustentar grandes lutas, mais contra o interesse, do que contra a convicção, porquanto não há como dissimular a existência de pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor-próprio, outras por causas inteiramente materiais. Porém, como virão a ficar insulados, seus contraditores se sentirão forçados a pensar como os demais, sob pena de se tornarem ridículos (...)”
932. Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?
“Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão.” ¹
(...) Crede, amai, meditai sobre as coisas que vos são reveladas; não mistureis o joio com a boa semente, as utopias com as verdades.
"Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: "Irmãos! Nada perece. Jesus-Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade." O Espírito de Verdade. (Paris, 1860.) Cap. VI, item 5. ²
Temos consciência de que erros, todos nós cometemos, que não somos perfeitos para julgar quem quer que seja, mas, os equívocos doutrinários detectados, estes sim, precisam se constituir objeto de esclarecimentos, e, de preferência, de forma a servir a todos que possam ter a mesma compreensão distorcida da legítima mensagem espírita, nas exposições de caráter público, sem citar nome de ninguém é claro, mas sim, o erro verificado, pois, entendemos que a verdade representada pela mensagem pura da doutrina espírita, muito nos ajuda sim, para um perfeito entendimento de como realizar os trabalhos da mediunidade com Jesus.
Não haverá máscara de intenções, senão naquele que o fizer movido por outros sentimentos dos quais fizemos referência anteriormente, o que não é o nosso caso, graças a Deus, pois, não somos movidos senão pelo desejo sincero de ver o Espiritismo interpretado da forma mais fiel ao contido na codificação espírita, e não será esta ou aquela opinião contrária que nos fará desistir desse nosso objetivo. Preferimos errar pela ação do que errar pela omissão, simplesmente para parecermos bonzinhos o que nunca nos consideramos, nem desejamos ser.

Bibliografia:

1) Kardec Allan, O Livro dos Espíritos, FEB 76ª edição.

2) Kardec Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, FEB – 112ª edição - Cap. VI, item 4.

Grifos, nossos.

Francisco Rebouças

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A Sábia indagação do Apóstolo!

Disse-lhes: - Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?. - (ATOS: 19:2).

Ainda hoje essa pergunta continua a ecoar em todas as direções, e em todas as correntes do cristianismo na face da Terra.O homem, habituado às conveniências dos costumes a que se adaptou e conserva em seu mundo íntimo há milênios, crê e descrê com a maior facilidade, isto é, acredita agora para duvidar daqui há pouco.
Isso por que, tenta vivenciar na aparência os ensinamentos do Evangelho de Jesus, simplesmente para se tornar agradável em suas relações em sociedade, mas, como não possui alicerçado em seu interior esse conteúdo, e não tendo desenvolvido em si os valores encontrados unicamente na verdadeira fé, não consegue lograr êxito, e vive a se contradizer em palavras e atos.
Quase sempre, sua crença está na dependência de alcançar o alívio para a sua dificuldade, no campo da saúde física ou na obtenção de vantagens materiais, assim é, que quando enfermo após receber o socorro da caridade na resolução do problema que o aflige no momento, se declara doravante, seguidor da Boa Nova, guiando-se simplesmente pelas impressões do alívio físico que sente.
Mas, logo depois, todavia, na presença de novas dificuldades e desafios que surgirem em seu caminho, ressurgirá tão insatisfeito e tão desesperado quanto outrora, esquecido dos benefícios que alcançou antes e da fé que se dizia possuidor. Nas trilhas dos seguidores do Espiritismo não são diferentes tais situações, ao contrário, são também muito freqüentes.
Grande é o número dos companheiros que se afirmam pessoas de fé, por haverem recebido alguma mensagem dando notícias da sobrevivência de algum parente desencarnado, ou ainda por terem se livrado de alguma enfermidade ou porque obtiveram solução satisfatória para certos problemas da luta material; contudo, passado esse momento, amanhã diante dos novos problemas que por certo surgirão na vida de todos nós, estarão novamente duvidando dos amigos espirituais, dos médiuns respeitáveis e até mesmo da doutrina espírita.
Por essa razão, a interrogação do Apóstolo Paulo de Tarso, continua perfeitamente atualizada, ainda precisamos meditar bastante para saber respondê-la com certeza, que espécie de cristão estamos sendo e como estamos crendo na orientação de Jesus?
Estamos fazendo bom uso de tudo o que já sabemos de seus ensinos, em proveito de nossa melhoria e do nosso próximo, como criaturas humanas e irmãs que somos, criadas para a glória e a perfeição? Ou ainda nos mantemos aprisionados e escravizados pela ignorância do homem velho que sempre nos dominou?
Enquanto não nos decidirmos por abrigar no espírito as bênçãos das virtudes que dormitam em nosso Ser profundo, à espera de nossa atitude e boa vontade, no trabalho para desenvolvê-las, na construção da reforma íntima que precisamos urgentemente empreender, para progredir e crescer, moral e espiritualmente, nos renovando em Cristo, a nossa fé não passará de frágil candeia, suscetível de apagar-se ao primeiro golpe de vento.
E só há uma maneira correta de proceder em busca dessa transformação, que só se dará pelo desenvolvimento da fé raciocinada, através do estudo sério e aprofundado da doutrina espírita, como nos convoca o Espírito de Verdade no E.S.E. Cap. 6 item 5, “Espíritas! amai-vos, este o este o primeiro ensinamento, instruí-vos este o segundo”. O Espírito de Verdade (Paris, 1860). ¹
Bibliografia:
1) Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI, item 5.
Francisco Rebouças

domingo, 12 de outubro de 2008

A Fundação da UMEN

O feliz advento de fundação desse nosso Oásis espiritual!

A UMEN - União da Mocidade Espírita de Niterói -, foi fundada em 19 de fevereiro de 1948, por um grupo de jovens que buscava criar um novo espaço espírita na cidade. Este grupo havia sido convidado para ir a Friburgo participar de um Encontro de Mocidades Espíritas. No caminho, dentro de um ônibus, alguns jovens comentam que estavam indo para um Encontro, mas eles não representavam nenhuma Casa espírita. Neste Momento, um dos jovens, Olympio da Silva Campos, fala que deveriam criar um grupo espírita e sugere o nome “União da Mocidade Espírita de Niterói”, sendo prontamente apoiado por todos, ficando este momento como o marco inicial da fundação desta casa tão querida.Ao retornarem a Niterói, procuraram o Dr. Carlos Imbassahy, eminente espírita e advogado, pai de um dos jovens que estava no grupo inicial, Carlos de Brito Imbassahy, que apoiou o ideal do grupo e ajudou nos trâmites legais.


Como não havia uma sede, estes jovens procuraram a FEERJ, Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro, que ofereceu um espaço em sua sede para o início das atividades. Legalizada em assembléia com data 19 de fevereiro de 1948, que contou com a presença de Olympio da Silva Campos, Orlando França Sobreira de Sampaio, Jorge Nunes Bernardo, Carlos de Brito Imbassahy, Marise Rosa de Lima, Carlos Alberto Botelho, Norberto Herdy Boechat, Stela Souto Câmara, Sebastião Augusto Carneiro, Alexandre Araújo, Góis Neto, Olavo Alves da Silva, Maria Imbassahy, Carlos Imbassahy e Hélcio Costa Coelho. Nessa primeira assembléia, definiu-se como missão da UMEN ser uma instituição de estudos e propaganda do Espiritismo.


No dia 29 de fevereiro, foi discutida a participação da UMEN no Primeiro Congresso de Mocidades Espíritas do Brasil, ocasião em que também foram escolhidos como Patrono da casa Thomaz de Aquino (ex-Presidente da Federação Espírita do Estado do RJ) e como primeiro Mentor Sebastião Augusto Carneiro, incansável pioneiro do Espiritismo no país.

Entre as primeiras atividades da UMEN lembramos as palestras em prol da Fraternidade proferidas nas reuniões domingueiras, visitas a instituições espíritas e espiritualistas, a representantes das igrejas Católica e Presibiteriana e a lares de freqüentadores de nossa instituição. Participamos, ainda, da organização da Primeira Semana de Confraternização das Sociedades Espíritas de Niterói, evento depois estendido a instituições da vizinha São Gonçalo. No final de março de 1948, constituiu-se uma comissão para estudo e elaboração dos Estatutos da UMEN.

Fundadores
Abílio Valentino de Miranda
Alberto de Souza Rocha
Alexandre de Araujo Góis
Arnaldo Fortes
Balbina Ferreira
Carlos Alberto Botelho
Carlos de Brito Imbassahy
Carlos Imbassahy
Diva Rosa Gomes
Erondina Silva
Hélcio Costa Coelho
João Herdy Boechat
Jorge Nunes
Jorge Nunes Bernardo
Maria de Brito Imbassahy
Maria Stela Fernandes
Marilda Peçanha Rocha
Maryse Rosa de Lima
Nilton Lopes
Norberto Herdy Boechat
Olavo Alves da Silva
Olympio da Silva Campos
Orlando França Sobreira de Sampaio
Ricardo Augusto de Azeredo Viana
Sebastião Augusto Carneiro
Stela Souto Câmara

26 jovens
Alguns destes jovens acima não estavam no lançamento inicial da UMEN, mas foram considerados sócios fundadores por terem se juntado ao grupo ainda no início, segundo informações da Sra. Balbina Ferreira, 1ª Secretária da UMEN.

Sede Provisória
Em seus primeiros anos, a UMEN utilizou as instalações da Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro, onde permaneceu até 1964. O sonho de uma sede própria nasceu com a fundação da própria instituição, sendo estabelecido, já em seus primeiros balancetes, um fundo de reserva para aquisição de um terreno e construção de um edifício. Em julho de 56 foi designada uma Comissão Pró-Construção da Sede Própria. Embora os fundos levantados até então ainda fossem insuficientes, a procura por um terreno para abrigar a futura sede continuou, sendo o escolhido o que abriga a UMEN até hoje, na rua Princesa Isabel. A escritura de compra foi lavrada em 25 de agosto de 1959, e logo em seguida promovemos campanhas intensivas para levantamento de fundos e materiais. Finalmente, em 16 de julho de 1960 era colocada a pedra fundamental, e em 18 de abril de 1964 a sede foi oficialmente inaugurada, ocasião em que foi promovida a Festa do Livro Espírita.

A Sede própria
Em seus primeiros anos, a UMEN utilizou as instalações da Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro, onde permaneceu até 1964. O sonho de uma sede própria nasceu com a fundação da própria instituição, sendo estabelecido, já em seus primeiros balancetes, um fundo de reserva para aquisição de um terreno e construção da sede.
1959 – Compra do terreno. Escritura passada em 25 de agosto.
1960 – Início da obra em 01 de julho. No dia 16/07, sábado, já com alguns pilares concretados, foi realizada uma cerimônia no terreno para o lançamento da Pedra Fundamental. Com cerca de 200 pessoas presentes, houve a colocação da Pedra fundamental pela Sra. Adelina Boechat e discursos de alguns umenistas.
1964 – Inauguração da sede no dia 18 de abril.

Verbas para a obra
Almoços, lanches fraternos e rifas foram realizados em prol da construção da sede própria. A UMEN contou ainda com doação de jóias, dinheiro e de dois terrenos em Maricá, cuja venda foi revertida em verbas para a obra. Realizou-se, ainda, a Campanha das 10 Prestações - em que Umenistas buscaram pessoas que contribuíssem com 10 prestações de CR$ 500.00, salientando que qualquer um poderia participar com quantias menores - e com a Campanha do Tijolo – para a qual foi feito um selo com o valor de CR$ 10,00, vendido para ajudar a construção.

Muitos companheiros ajudaram fisicamente na obra, carregando tijolos e pedras para dentro do terreno, também fazendo a terraplanagem.

Chico Xavier na UMEN
Em 1973, por indicação da UMEN à Câmara dos Deputados, Chico Xavier foi agraciado com o título de “Cidadão Fluminense”. Chico esteve em Niterói, aproveitando a ocasião para visitar a UMEN.





















Fonte: http://www.umen.org.br/

Francisco Rebouças.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

VANSAN NA UMEN

Nesta quinta-feira, dia 09/10/2008, a UMEN – União da Mocidade Espírita de Niterói, viveu uma noite bem diferente. Tivemos a alegria de receber para a palestra da noite um convidado muito especial, Vansan que chegou acompanhado de sua esposa.

Natural de Mogi das Cruzes – SP (Brasil), onde reside. É músico profissional com 17 cds gravados e um dvd. Vansan, apresenta-se como músico nos grandes clubes de São Paulo e outras capitais, feiras e exposições. Dirige e apresenta o programa de televisão “Vansan, Voz & Violão “ pela tv a cabo em Mogi das Cruzes – SP.

É formado em Comunicação Social e Artes e pós-graduado pela Universidade de Mogi das Cruzes. Vansan é espírita e trabalha como médium no Centro Espírita Caminho da Luz, em Mogi das Cruzes - SP. Faz parte da Equipe da Pomada Vovô Pedro do Guarujá - SP.

Realiza palestras utilizando a música, pelo Brasil e até no exterior. Na sua palestra intitulada "Terapia Musical do amor”, utiliza como material doutrinário os ensinamentos da Doutrina Espírita, extraídos do Evangelho Segundo o Espiritismo, das obras de André Luiz e Emmanuel e da sua própria vivência na doutrina, que são ilustrados com músicas ricas em conteúdo e melodia, que levam os presentes a uma profunda reflexão sobre a importância da vida e das pessoas.

Consegue com seu empenho e entusiasmo fazer com que seus assistentes elevem o padrão vibratório através da música, deixando aflorar os sentimentos de paz e harmonia possibilitando um verdadeiro tratamento espiritual que representa para ele o maior objetivo a ser alcançado por seu trabalho realizado com muito amor e carinho conforme suas próprias palavras.

Todos os que lá estiveram se declaram muito emocionados e felizes com o que viram, e nós que tivemos a felicidade de conduzi-lo à nossa casa, queremos agradecer ao casal muito simpático e dizer do fundo do nosso coração “muito obrigado Vansan”, esperamos ter as alegrias desse dia renovadas no ano que vem em mais uma oportunidade de revê-los para mais um banquete de luz espiritual como o desta inesquecível noite de festa e aprendizado.

Grande abraço,
Francisco Rebouças.

ESTREVISTAS

ENTREVISTA ORIGINAL CONCEDIDA POR BEZERRA DE MENEZES A REVISTA “REFORMADOR”, ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DA FEB, EM 15 DE OUTUBRO DE 1892.
Acompanhe então esse diálogo com Bezerra de Menezes, que nos faz conhecer um pouco mais do homem por trás de sua grande obra.

QUE ORIENTAÇÃO RELIGIOSA O SENHOR HERDOU DÓ BERÇO FAMILIAR?
Nasci e criei-me, até os 18 anos, no seio de uma família tradicionalmente católica, que levava a sua crença até a aceitação de um absurdo, por mais repugnante' que fosse, imposto à fé passiva dos crentes, pela Igreja romana.

QUAIS ENSINAMENTOS RECEBIDOS DA RELIGIÃO CATÓLICA O SENHOR GUARDA?
Aprendi aquela doutrina e acostumei-me às suas práticas, mas empiricamente, sem procurar a razão da minha crença. Dois pontos, entretanto, me apareciam luminosos no meio daquela névoa, eram: a existência da alma, responsável por Suas obras; e a de Deus, criador da alma e de tudo o que existe. Ao demais, eu consi­derava sagrado tudo o que meus pais me ensinavam a crer e a praticar: a religião católica, apostólica, romana.

QUANDO O SENHOR AFASTOU-SE DAS PRÁTICAS CATÓLICAS?
Aos 19 mos, e naquela disposição de es­pírito, deixei a casa paterna para vir fazer meus estudos na capital do Império Rio de Janeiro na época, onde vivi, mesmo ao tempo de estudante, sem ter a quem prestar obediência. Continuei na crença e práticas religiosas que eu trouxe do berço, mas na convivência com meus colegas, em sua maior parte livres-pensadores - ateus-, comecei batendo-me com eles e acabei con­corde com eles, parecendo-me eminente não ter a gente que prestar contas de seus atos.

E ESSA MUDANÇA FOI DIFÍCIL?

Não foi difícil, pela razão de minha crença católica não ser firmada em fé raciocinada.
Mas, apesar disso, a mudança não foi ra­dical, porque nunca pude banir de todo a crença em Deus e na alma, Houve enfim uma perturbação e dela nasceu a dúvida. Fiquei mais cético do que cristão, e cristão somente devido aqueles dois pontos (a exis­tência da alma e de Deus). Em todo caso, deixei de ser católico e via os meus dois pontos luminosos por entre as nuvens.

APÓS ESSA MUDANÇA DE PENSA­MENTOS, EM ALGUM MOMENTO O SENHOR RETORNOUÀS PRÁTICAS CATÓLICAS?
Casei-me com Uma moça católica, a quem amava de coração. Sempre res­peitei suas crenças, guardando, no seio da minha alma, a descrença. No fim de quatro anos, fui subitamente batido pelo tufão da maior adversidade que me podia sobrevir: minha mulher foi-me roubada pela morte, deixando-me dois filhinhos, um de três anos e outro de um. Aquele fato produziu-me um abalo físico e moral de prostrar-me. Sempre gostei de escrever, mas inutilmente tentava fazê-lo, porque no fim de poucas linhas, tédio mortal apoderava-se de mim. O mesmo acontecia em relação à leitura. Abria um e outro livro sobre ciência, literatura, O que quer que fosse, mas não tolerava a leitura de uma página sequer. Um dia meu companheiro de consultório trouxe-me um exemplar da Bíblia do padre Pereira de Figueiredo, entremeada de figuras finíssimas.

E QUAL FOI ASUA REAÇÃO?
Tomei o livro não para ler - pois já não tentava semelhante exercício -, mas para ver as figuras, com verdadeira curiosidade infantil. Passei todas em revista, mas, no fim, senti desejo de ler aquele livro que encerrava minhas perdidas crenças, e era uma vergonha, para um homem de letras, dizer que nunca o lera. Comecei, pois, e esqueci-me a ler o belo livro, até perder a condução para minha casa. Depois disso, sentia prazer em pensar que voltaria a lê-lo! Eu mesmo fiquei surpreendido com o que se passava em mim! Li toda a Bíblia e, quanto mais lia, mais vontade tinha de continuar, sentindo doce conso­lação com aquela leitura. Quando acabei, sentia a necessidade de crer, não dessa crença imposta pela fé, mas da crença firmada na razão e na consciência. Onde descobrir-Ihe a fonte? Atirei-me à leitura dos livros sagrados, corri ardor, com sede, nas sempre havia uma falha ao que meu espírito reclamava.

E COMO TEVE CONTATO COM AS PRIMEIRAS NOTÍCIAS SOBRE O ES­PIRITISMO?
Começaram a aparecer as primeiras notas espíritas no Rio de Janeiro, mas eu repelia semelhante Doutrina sem conhecê-la nem de leve! Somente porque temia que ela perturbasse a paz que me trouxera ao espírito a minha volta à religião de meus maiores, embora com restrições.

QUANDO ACONTECEU SEU VERDA­DEIRO CONTATO COM A DOUTRINA ESPÍRITA?
Um colega (Joaquim Carlos Travassos) ten­do traduzido O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, presenteou-me com um exemplar, que aceitei, por cortesia. Deu-me na cidade e eu morava na Tijuca, à uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, não tendo distração para a longa e fastidiosa viagem, disse comigo: "Ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto, e, depois, é ridículo confessar-me ignorante de uma filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia, mas não encontrava nada que fosse novo para meu espírito, e, entretanto, tudo aquilo era novo para mim! Dava-se em mim o que acontece, muitas vezes, a quem muito lê, e que um dia encontra uma obra onde depara com idéias que já leu, mas não sabe em que autor. Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se acha em O Livro dos Espíritos, mas com certeza nunca tinha lido nenhuma obra espírita. Portanto, era-me impossível descobrir onde e quando me fora dado o conhecimento de semelhantes idéias! Preocupei-me seriamente com esse fato que me era maravilhoso. Dizia a mim mesmo: Parece que eu era espírita inconsciente, ou, como se diz vulgarmente, de nascença, e que todas essas vacilações que sentia meu espírito eram marchas e contramarchas que ele fazia, por descobrir o que lhe era conhecido e, porventura, obrigado a isto.

A LEITURA DE O LIVRO DOS ESPÍRI­TOS FOI SUFICIENTE PARA FIRMAR SUA CRENÇA NO ESPIRITISMO?
Apesar de convencido da verdade do Espi­ritismo, nunca tinha assistido a qualquer trabalho experimental, confirmativo se­quer da comunicação dos Espíritos. Tendo sido atacado de dispepsia (mal-estar na parte superior do abdômen ou no peito, causando gases, sensação de estar cheio e uma dor corrosiva no estômago), que me reduziu a um estado desesperador. A medicina oficial não me proporcionou o menor alívio, apesar de ter recorrido aos primeiros médicos desta capital. Depois de um tratamento de cinco anos, resolvi recorrer a um médium receitista, de quem muito se falava, o senhor João Gonçalves do Nascimento.

O SENHOR ACREDITAVA QUE O TRATAMENTO MEDIÚNICO PODERIA LHE CURAR?
Não acreditava nem deixava de acreditar na medicina medianímica. Confesso que propendia mais para a crença de que o tal médium era um especulador. Em de­sespero de causa, porém, eu recorreria a ele, mesmo que soubesse ser um curan­deiro. Tentava um recurso desesperado, e fazia uma experiência sobre a mediu­nidade receitista. Era preciso, porém, visto que se tratava de uma experiência, que eu tomasse todas as cautelas, para que ela me pudesse dar uma convicção fundada. Combinei com o doutor Maia de Lacerda, completamente desconhecido do tal médium, que ele fizesse pessoalmente a consulta, aconselhei-lhe que prestasse atenção ao trabalho do médium enquanto este escrevesse, e pedisse-lhe o papel logo que acabasse de escrever, porque bem podia ter ele (o médium) um médico hábil, por detrás do reposteiro, que lhe arranjasse aquelas peças.

O QUE O MÉDIUM DISSE A RESPEITO DE SUA ENFERMIDADE?
Lacerda fez como lhe recomendei. Trouxe-­me o que o médium escreveu a meu respeito. Tomei o papel que dizia: O teu órgão, meu amigo (era o Espírito que falava ao médium), não é suficiente para satisfazer este consulente, atenta às circunstâncias de sua elevada posição social (eu era membro da Câmara dos Deputados), e principalmente de sua proficiência médica. Entretanto, como não dispomos de outro, faremos com ele o mais que pudermos. E seguia-se uma descrição minuciosa de meus sofrimentos e suas causas determinantes, tão exatos aqueles, quanto perfeitamente fisiológicas estas. Não posso descrever o abalo que me produziu este fato estupendo! Segui o tratamento espírita, e o que os mestres da ciência não conseguiram em cinco anos, Nascimento obteve em três meses. Duran­te esse período, não estava completamente curado, mas estava forte, comia e dormia perfeitamente bem, era um homem válido, em vez de um enfermo. Continuei, com toda a confiança, aquele tratamento, e, em menos de um ano, achei-me bem.

ALÉM DESSE FATO, ALGUM OUTRO CONTRIBUIU PARA CONSOLIDAR SUA CRENÇA NA DOUTRINA DOS ESPÍRITOS?
Logo após esse fato, minha segunda mu­lher foi condenada como tuberculosa por importantes médicos. Consultei o médium Nascimento, com as precisas cautelas, para ele não saber de quem se tratava: Enganam-se os médicos que diagnosti­caram tuberculose (quem lhe disse que os médicos haviam feito tal diagnóstico?). Seu sofrimento é puramente uterino, e, se for convenientemente tratada, será cura­da. Se os médicos soubessem a relação que existe entre o útero, o coração e o pulmão esquerdo, não cometeriam erros como esse. Sujeitei a minha doente, que já tinha febres, suores e todos os sinais da doença em grau avançado, ao tratamento espírita. Em poucos meses, tudo aquilo desapareceu, e já são decorridos dez anos, durante os quais ela tem tido e criado quatro filhos, sem mais sentir nenhum incômodo nos pulmões.

QUE FATO DE SUA EXPERIÊNCIA PESSOAL MAIS O IMPRESSIONOU NO ESPIRITISMO?
Nada me impressionou mais do que ver um homem, sem conhecimentos médicos e até sem instrução regular, discorrer sobre moléstias, com proficiência ana­tômica e fisiológica, sem titubear, como bem poucos médicos o podem fazer. Mais do que isto, porém, é, para impressionar, ver dizer de um indivíduo, que não se co­nhece, que não se examina, de quem não se sabe senão que ele se chama Pedro ou Paulo e tem tantos anos de idade, dizer". em tais condições, que sofre de tais moléstias, com tais e tais complicações, por tais e tais causas, e confirmar o diagnós­tico pelo resultado eficaz do tratamento aplicado naquele sentido.

AS SUAS OPINIÕES RELIGIOSAS FO­RAM ALTERADAS MEDIANTE ESSES EPISÓDIOS. ACARRETARAM PARA O SENHOR ALGUMA MUDANÇA FÍSICA OU MORAL?

Não senti nenhuma influência física, porém, moralmente, sou outro homem. Minha alma encontrou finalmente onde pousar, tendo deixado os espaços agitados pelo vendaval da descrença, da dúvida, do ceticismo, que devasta, que esteriliza, que calcina, se assim me posso exprimir, recordando as torturas de quem sente a necessidade de crer, mas não encontra onde assentar sua crença. E não encontra­va onde assentar minha crença, porque o ensino de Jesus - que uma força intrínse­ca, uma disposição psíquica me levaram a procurar; como o navegante perdido na vastidão dos mares procura o norte - era­ me oferecido sob um aspecto impossível de acomodar-se com um sentimento ínti­mo, instrutivo, exato, que me desse a razão e a consciência de ali estar a verdade, mas a verdade não é aquilo.

APÓS CONHECER O ESPIRITISMO, QUAL SUA OPINIÃO SOBRE A IGREJA?

Ah! A Igreja romana! A Igreja romana I O Cristianismo nunca terá tão formidável inimigo! O materialismo nunca terá aliado tão prestimoso!
COMO O SENHOR AVALIA SUA TRANSIÇÁO DO CATOLICISMO PARA O ESPIRITISMO?
Posso dizer o 'meu' credo espírita, com aplauso de minha consciência, e não por força de uma autoridade que se arroga o direito de impor a fé. Nestas condições, tendo encontrado a linfa que me saciou a sede de crer, posso ser mais o que era antes? A moral cristã, iluminada pelos inefáveis princípios do Espiritismo, não pode deixar de modificar, para melhor, quem a cultiva não somente por dever, mas também e principalmente por nela ter encontrado a paz do espírito! Não me posso julgar, sem incorrer em orgulho ou falsa modéstia, mas posso assegurar que já compreendo os meus deveres para com Deus, para com os meus semelhantes, de um modo diverso, acentuadamente mais elevado, que antes de ser espírita. É lícito dizer que as novas opiniões acarretaram para mim sensível modificação moral. E, para confirmá-Io, basta consignar este fato: antes de ser espírita, só o pensar em perder um filho fazia-me mentalmente blasfemar, punha-me louco. Depois de ser espírita, tendo perdido quatro filhos adorados, depois de criados, louvava e agradecia ao Pai de amor, provando, por aquele modo, minha obediência a seus sacrossantos decretos.


Francisco Rebouças

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel